Mas é no processo de preparação das múmias que a habilidade desse povo maravilhoso se exemplifica no mais alto grau. Só aqueles que fizeram um estudo especial do assunto podem avaliar a dose de habilidade, de paciência exigida para a realização dessa obra indestrutível, que se efetuava durante meses a fio. Tanto a Química quanto a cirurgia eram chamadas a auxiliar. As múmias, se deixadas ao clima seco do Egito, parecem ser praticamente imperecíveis; e, mesmo quando removidas, após um repouso de milhares de anos, não apresentam sinais de alteração. “O corpo”, diz Heródoto, “era preenchido com mirra, cássia e outras gomas e, depois saturado com natrão (...)”. Seguia-se, então, o maravilhoso enfaixamento do corpo embalsamado, tão artisticamente executado, que os bandagistas modernos profissionais estão perdidos de admiração para com a sua excelência. Diz o Dr. Granville: “(...) não existe uma única forma de bandagem conhecida pela cirurgia moderna de que não existam exemplos [melhores e mais hábeis] nos enfaixamentos das múmias egípcias. As tiras de linho não possuem nenhuma juntura e se estendiam por quase 1.000 metros. Não havia um única fratura no corpo humano que não pudesse ser reparada com sucesso pelos médicos sacerdotais daqueles tempos remotos.
O Egito espremia as suas próprias uvas e fazia o seu próprio vinho. Nada de notável nisto, por enquanto, mas ele fermentava a sua própria cerveja, e em grande quantidade - dizem os nossos egiptólogos. O papiro de Ebers prova agora, se, dúvida, que os egípcios usavam a cerveja 2.000 anos antes de Cristo. A sua cerveja deve ter sido forte e excelente - como tudo o que faziam. O vidro era manufaturado em todas as suas variedades. Em muitas das esculturas egípcias encontramos cenas de pessoas soprando vidro e fazendo garrafas; ocasionalmente, durante pesquisas arqueológicas, encontraram-se vidros e cristais, e eles parecem ter sido muito bonitos.