O Poder de Ísis Para Curar Doenças. A Doutrina de Pitágoras

Enviado por Estante Virtual em qui, 22/12/2011 - 03:19

Diodoro, em sua obra sobre os egípcios, diz que Ísis era digna da imortalidade, pois todos as nações da Terra testemunham o poder dessa deusa para curar doenças por meio da sua influência. “Isto está provado”, diz ele, “não por fábulas, como entre os gregos, mas por fatos autênticos.” Galeno recorda muitos meios terapêuticos que eram conservados nos templos, nas alas específicas para as curas. Menciona também um remédio universal que em seu tempo era chamado de Ísis.

As doutrinas de muitos filósofos gregos, que foram instruídos no Egito, demonstram a sua profunda erudição. Orfeu, que, segundo Artepano, era discípulo de Moisés, e Pitágoras, Heródoto e Platão devem a sua filosofia aos mesmos templos em que o sábio Solon foi instruído pelos sacerdotes. “Aristides relata”, diz Plínio, “que as letras foram inventadas no Egito por uma pessoa cujo nome era Menos, quinze mil anos antes de Phoroneus, o mais antigo rei da Grécia.” Jablonski prova que o sistema heliocêntrico, assim como a esfericidade da Terra, eram conhecidas pelos sacerdotes do Egito desde tempos imemoriais. “Essa teoria”, acrescenta, “Pitágoras tomou-a dos egípcios, que a receberam dos brâmanes da Índia.” Fénelon, o ilustre arcebispo de Cambrai, em suas Lives of the Ancient Philosophers, dá crédito a Pitágoras e ao seu conhecimento e diz que, além de ensinar os seus discípulos que, dado que a Terra era redonda, os antípodas deviam ser uma realidade, uma vez que ela era totalmente habitada, este grande matemático foi o primeiro a descobrir que as estrelas da manhã e da tarde eram a mesma estrela. Se considerarmos, agora, que Pitágoras viveu aproximadamente 700 anos a.C., por volta da décima-sexta olimpíada, e ensinou este fato num período tão longínquo, devemos acreditar que ele já era conhecido por outros antes dele. As obras de Aristóteles, Diógenes e Laércio e muitos outros em que se menciona Pitágoras demostram que ele havia aprendido dos egípcios algo da obliqüidade da elíptica, da composição estrelada da Via-Láctea e da luz emprestada da Lua.

Wilkinson, corroborado posteriormente por outros, diz que os egípcios dividiam o tempo, conheciam a verdadeira extensão do ano e a precessão dos equinócios. Registrando o surgimento e o desaparecimento dos astros, eles compreenderam as influências particulares que procedem das posições e das conjunções de todos os corpos celestiais e, por conseguinte, os seus sacerdotes, profetizando mudanças meteorológicas tão exatamente quanto os nosso astrônomos modernos, podiam, ademais astrologizar através dos movimentos astrais. Embora o solene e eloqüente Cícero possa estar parcialmente certo em sua indignação contra os exageros dos sacerdotes babilônicos, que “afirmam que preservaram em monumentos observações astronômicas que se estendem por um intervalo de 470.000 anos”. Ainda assim, o período em que a Astronomia chegou à sua perfeição com os antigos está além do alcance do cálculo moderno.

Está muito bem demonstrado o fato de que o meridiano verdadeiro foi corretamente determinado antes que a primeira pirâmide fosse construída. Eles possuíam relógios e quadrantes para medir o tempo; o seu côvado era a unidade estabelecida para a medida linear, correspondente a 1,707 pés da medida inglesa; segundo Heródoto, também era conhecida uma unidade de peso, quanto à moeda, possuíam anéis de ouro e de prata valorizados pelo peso; possuíam modalidades decimais e duodecimais de cálculo desde os tempos mais antigos e eram proficientes em álgebra: como poderiam eles, de outra maneira, colocar em operação poderes mecânicos tão imensos, se eles não tivessem compreendido a filosofia daquilo que chamamos de poderes mecânicos?

Também já foi provado que a arte de fazer linho e tecidos finos era um dos ramos do seu conhecimento, pois a Bíblia fala disso. José se apresentou ao Faraó com uma veste de linho, uma corrente de ouro e muitas outras coisas. O linho do Egito era famoso em todo o mundo. As múmias eram todas envolvidas nele e o linho continua magnificamente preservado. Plínio fala de uma certa peça de roupa enviada 600 anos antes de Cristo pelo rei Amasis a Lindus: cada fio do tecido era formado de 365 fios menores torcidos juntos. Heródoto nos dá, em sua descrição de Ísis e dos mistérios realizados em sua honra, uma idéia da beleza e da “maciez admirável do linho tecido pelos sacerdotes”. Estes usavam sapatos de papiro e vestimenta de fino linho, porque essa deusa foi a primeira que os ensinou a usá-los; e assim, além de serem chamados de Isiaci, ou sacerdotes de Ísis, eles eram conhecidos como Linigera, ou “os que vestem linho”. Esse linho era fiado e tingido naquelas cores brilhantes e vistosas, cujo segredo está agora entre as artes perdidas.

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