A Magia Vista Sempre Como uma Ciência Divina

Enviado por Estante Virtual em sex, 16/12/2011 - 14:37

Maimônides, o grande teólogo e historiador judeu que, numa certa época, foi quase deificado por seus concidadãos e, mais tarde, tratado como herético assinala que quanto mais o Talmud parece absurdo e vazio de sentido, mais sublime é o seu significado secreto. Este homem sábio demonstrou vitoriosamente que a Magia Caldaica, a ciência de Moisés e de outros sábios taumaturgos, baseava-se totalmente num extenso conhecimento dos diversos e hoje esquecidos ramos da ciência natural. Perfeitamente a par dos recursos dos reinos vegetal, animal e mineral, versados na Química e na Física ocultas, psicólogos e fisiólogos, por que ficarmos espantados se os iniciados e os adeptos instruídos nos santuários misteriosos dos templos podiam operar maravilhas que, mesmo em nossos dias esclarecidos, parecem sobrenaturais? É um insulto à natureza humana difamar a Magia e as ciências ocultas tratando-as como imposturas. Acreditar que durante tantos milhares de anos uma metade do gênero humano praticou o embuste e a fraude com a outra metade equivalente a dizer que a raça humana é composta quase exclusivamente de malfeitores e de idiotas incuráveis.

Nos mais antigos documentos que hoje possuímos - os Vedas e as Leis de Manu, mais antigas ainda -, encontramos muitos ritos mágicos praticados e permitidos pelos brâmanes. O Tibete, o Japão e China ensinam até hoje o que ensinavam os antigos caldeus. O clero desses respectivos países prova, além disso, o que eles ensinam, ou seja: que a prática da pureza moral e física, e de algumas austeridade, desenvolve o poder total da alma para a auto-iluminação. Concedendo ao homem o controle sobre o seu próprio espírito mortal, tais práticas lhe dão verdadeiro poder sobre os espíritos elementares que lhe são inferiores. No Ocidente, descobriremos que a Magia remonta a uma época tão recuada como a do Oriente. Os druidas da Grã-Bretanha a praticavam nas criptas silenciosas de suas grutas profundas; e Plínio consagrava mais de um capítulo à "sabedoria" dos líderes celtas. Os semoteus - os druidas gálicos - professavam tanto as ciências espirituais como as ciências físicas. Eles ensinavam os segredos do universos, a marcha harmoniosa dos corpos celestes, a formação da Terra e, sobretudo, a imortalidade da alma. Em seus bosques sagrados - academias naturais construídas pela mão do Arquiteto Invisível - os iniciados se reuniam, na hora tranqüila da meia-noite, para aprender o que o homem foi e o que será. Não precisavam de iluminação artificial, nem de gás malsão, para alumiar os seus templos, pois a casta deusa da noite projetava os raios mais prateados sobre as suas cabeças coroadas de folhas de carvalho; e os bardos sagrados vestidos de branco sabiam como conversar com a rainha solitária da voluta estrelada.

A Magia é tão antiga quanto a Humanidade. É tão impossível indicar a época de seus início como fixar o dia em que o primeiro homem nasceu.

Consideraram alguns que Odin, o sacerdote e monarca escandinavo, teria dado início à pratica da Magia por volta de setenta anos antes da era cristã. Mas demostrou-se facilmente que os ritos misteriosos das sacerdotisa chamadas voilers, valas, eram muito anteriores a essa época. Alguns autores modernos procuraram provar que Zoroastro foi o fundador da Magia, porquanto foi ele o fundador da religião dos magos. Amiano Marcelino, Arnóbio, Plínio e outros historiadores antigos demonstraram conclusivamente que ele foi apenas um reformador da arte mágica tal como era praticada pelos caldeus e pelos egípcios.

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