A Produção dos Fenômenos Físicos

Enviado por Estante Virtual em sab, 17/12/2011 - 04:14

Devido ao medo de sermos malcompreendidos, assinalaremos que enquanto, em regra, os fenômenos físicos são produzidos pelos espíritos da Natureza, por seu próprio movimento e para satisfazer a sua própria fantasia, alguns bons espíritos humanos desencarnados podem, não obstante, sob circunstâncias excepcionais, como a aspiração de um coração puro a ocorrência de alguma emergência favorável, manifestar a sua presença por qualquer um dos fenômenos, exceto a materialização pessoal. Mas é preciso que haja uma atração deveras poderosa para arrancar um espírito puro e desencarnado de sua morada radiante e arrojá-lo na atmosfera viciada de que escapou ao deixar o corpo terreno.

Os magos e os filósofos teúrgicos opunham-se energicamente à "evocação das almas". "Não a evoqueis [à alma], para que ao partir ela não retenha alguma coisa", diz Pselo.

"Cumpre -vos não olhá-lo antes que o vosso corpo iniciado,

pois, sempre encantando, elas seduzem a alma do [não] iniciado",

diz outro filósofo.

Eles se opunham por várias e boas razões. 1º) "É extremamente difícil distinguir um bom demônio de um mau", diz Jâmblico, 2º) Se uma alma humana consegue penetrar a densidade da atmosfera terrestre - sempre opressiva para ela e muitas vezes odiosa -, não pode ela, contudo, evitar incorrer num perigo que resulta da proximidade do mundo material; "ao partir, ela retém alguma coisa", vale dizer, contamina a sua pureza, o que a fará sofrer mais ou menos após a sua partida. Por isso, o verdadeiro teurgista evitará causar qualquer sofrimento a esse puro cidadão da esfera superior que não seja absolutamente necessário aos interesses da Humanidade. Somente o praticante da magia negra compele a presença, mediante os poderosos encantamentos da necromancia, das almas maculadas daqueles que levaram más vidas e estão prontos a secundar-lhes os objetivos egoístas. Os teurgistas empregavam substâncias químicas e minerais para afugentar os maus espíritos.

"Quando vires um demônio terrestre aproximando-se,

Gritai, sacrificai a pedra Mnízourin",

exclama um oráculo zoroastrino.

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