A história de Satã no livro de Jó

Enviado por Estante Virtual em sab, 24/11/2012 - 00:39

A história de Satã, no Livro de Jó, tem um caráter familiar. Ele é introduzido como um dos "Filhos de Deus", que se apresentam diante do Senhor como numa iniciação mística.

Em todas estas cenas não se manifesta nenhum diabolismo que se supõe caracterizar o "adversário das almas".

É opinião de alguns escritores de mérito e erudição que o Satã do livro de Jó é um mito judaico, que contém a doutrina mazdeísta do Princípio do Mal. O Dr. Haug observa que "a religião zoroastriana apresenta uma afinidade muito estreita ou antes uma identidade, com muitas doutrinas importantes da religião mosaica e o cristianismo, tais como a personalidade e os atributos do diabo e a ressurreição dos mortos". A batalha do Apocalipse entre Miguel e o Dragão pode ser remontada, com igual facilidade, aos mitos mais antigos dos arianos. No Avesta, lemos sobre a luta entre Thraêtaoma e Azhi-Dahâka, a serpente destruidora. Burnouf esforçou-se por demostrar que o mito védico de Ahi, ou a serpente, que lutou contra os deuses, foi gradualmente evemerizado, na "batalha de um homem peidoso contra o poder do mal", na religião mazdeísta. Segundo essas interpretações, Satã seria idêntico a Zohâk ou Azhi-Dahâka, que é uma serpente de três cabeças, uma das quais é humana.

De acordo com Josefo, os hicsos foram os ancestrais dos israelitas. Esse fato é, sem duvida, substancialmente verdadeiro. As Escrituras hebraicas, que contam uma história um pouco diferente, foram escritas num período posterior e sofreram várias revisões antes que fossem promulgadas com qualquer grau de publicidade. Typhon tornou-se odioso no Egito e os pastores, "uma abominação". "No curso da vigésima dinastia foi tratado repentinamente como um demônio do mal, além de suas efígies e nome terem sido obliterados em todos os monumentos e em todas as inscrições onde haviam sido gravados".

 

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