As Forças Materializadas

Enviado por Estante Virtual em sab, 17/12/2011 - 00:28

Se esta filosofia é errada, se todas as formas "materializadas" que emergem nos quartos escurecidos de gabinetes ainda mais escuros são os espíritos de homens que uma vez viveram nesta Terra, por que uma tal diferença entre eles e os fantasmas que aparecem inopinadamente - ex abrupto - sem gabinete ou médium? Quem nunca ouviu falar das aparições, "almas" sem descanso, que erram em torno dos locais em que foram assassinadas, ou que retornaram, por outras misteriosas razões próprias, com as "mãos tão quentes" que parecem carne viva, e que embora se saiba que morreram e foram enterradas, não se distinguem dos mortais vivos? Temos fatos bem atestados dessas aparições que se fazem freqüentemente visíveis, mas nunca, desde o começo da era das "materializações", vimos algo que se lhes assemelhasse.

A autora certificou publicamente ter visto essas formas materializadas. Reconhecemos tais formas como as representações visíveis dos conhecidos, amigos e mesmo parentes. Em companhia de muitos outros espectadores, ouvimo-las pronunciar palavras em língua desconhecidas não apenas do médium e de todos na sala, exceto nós, mas, em alguns casos, de quase todos senão todos os médium da América e da Europa, pois eram os idiomas de tribos e povos orientais. Não obstante, essas figuras não eram as formas das pessoas que elas pretendiam ser. Elas eram simplesmente os seus retratos-estátuas, construídas, animados e operados pelos elementares. Se não elucidamos anteriormente este ponto, foi porque a massa espiritista não estava preparada então para dar ouvidos à proposição fundamental de que existem espíritos Elementais e elementares.

Pausânias escreve que quatrocentos anos após a batalha de Maratona ainda era possível ouvir no lugar em que ela foi travada o relinchar dos cavalos e os gritos dos soldados espectrais. Os fantasmas dos cachorros, gatos e muitos outros animais foram vistos repetidamente, e o testemunho universal é tão exato sobre este ponto quanto o referente a aparições humanas. Quem ou o que personifica, se assim podemos nos exprimir, os fantasmas dos animais mortos? Tratar-se-ia novamente de espíritos humanos? Assim proposta, a questão não dá margem a dúvidas; devemos admitir que os animais têm espíritos e almas como o homem ou sustentar, com Porfírio, que há no mundo invisível uma classe de demônios velhacos e maliciosos, seres intermediários entre os homens vivos e os "deuses", espíritos que se deleitam em aparecer sob todas as formas imagináveis, começando com a forma humana e terminando com a dos animais multifálicos.

Antes de nos arriscarmos a decidir se as formas animais espectrais vistas e atestadas com freqüência são os espíritos retornados das feras mortas, devemos considerar cuidadosamente o seu comportamento descrito. Agem esses espectros de acordo com os hábitos e revelam os mesmos instintos animais vivos? As feras de rapina permanecem à cata de vítimas, e os animais tímidos fogem na presença do homem; ou estes últimos mostram uma malignidade e um disposição para atormentar, completamente estranhas às suas naturezas? Muitas vítimas dessas obsessões - notadamente as pessoas atormentadas de Salem e outras feiticeiras históricas - testemunham ter visto cachorros, gatos, porcos e outros animais invadindo os seus quartos, modelando-os, andando sobre seus corpos adormecidos, e falando-lhes; às vezes incitando-os ao suicídio e outros crimes. E a menos que desacreditemos do testemunho de milhares de espectadores, em todas as parte do mundo e em todas as épocas, e concedemos o monopólio da vidência aos médiuns modernos, animais espectrais aparecem e manifestam todos os traços mais característicos da natureza humana depravada, sem serem eles próprios humanos. O que então, podem eles ser, se não Elementais?

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