A Sombra de Buddha Adorada Por Hiuen-Tsang - O Poder de Invocação da Alma

Enviado por Estante Virtual em qui, 22/11/2012 - 20:23
Quando Hiuen-Tsang desejou adorar a sombra de Buddha, não foi aos "mágicos profissionais" que ele recorreu, mas ao poder de invocação de sua própria alma; ao poder da oração, da fé, e da contemplação. Tudo era sombrio e lúgubre próximo à caverna em que se acreditava que o milagre por vezes ocorria. Hiuen-Tsang entrou e começou as suas devoções. Ele fez 100 saudações, mas não viu nem ouviu nada. Então, julgando-se um pecador, gritou amargamente, e caiu em desespero. Mas no momento em que estava para renunciar a toda esperança, percebeu na muralha ocidental uma frágil luz, que desapareceu. Renovou as orações, dessa vez cheio de esperança, e novamente viu a luz, que brilhou e desapareceu novamente. Após isso, pronunciou um solene juramento: não deixaria a caverna até que tivesse a ventura de ver pelo menos a sombra do "Venerável dos Tempos". Teve que esperar ainda por muito tempo, pois apenas depois de 200 preces foi a caverna subitamente "banhada de luz, e a sombra de Buddha, de uma brilhante cor branca, elevou-se majestosamente sobre a muralha, como quando as nuvens repentinamente se abrem, e, de um golpe, descobrem a maravilhosa imagem de `Montanha de Luz'. Um radiante esplendor iluminava os traços da fisionomia divina. Hiuen-Tsang estava perdido na contemplação e no prodígio, e não tirava os olhos do sublime e incomparável objeto". Hiuen-Tsang acrescenta em seu próprio diário, Si-yu-Ki, que é apenas quando o homem ora com fé sincera e recebeu do alto uma impressão secreta, que ele vê a sombra claramente, mas não pode gozar a visão por muito tempo.

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