Os gnósticos e os nazarenos personificam o primeiro e o segundo homem

Enviado por Estante Virtual em sex, 23/11/2012 - 01:48

Os gnósticos, bem como os nazarenos, fazendo a alegoria da personificação dizem que o Primeiro e o Segundo homem amaram a beleza de Sophia (Sephirah), a primeira mulher, e dessa forma o Pai e o Filho fecundaram a "Mulher" celestial e de sua primordial escuridão procriaram a luz visível (Sephirah é a Luz Invisível ou Espiritual), "a que chamaram de CRISTO UNGIDO, ou Rei Messias". Este Cristo é o Adão de Barro que antes de sua queda, com o espírito de Adonai, seu Pai, e Shehinah Adonai, sua mãe, sobre ele; porque o Primus Adão é Adonai ou Adónis. A primordial existência se manifesta por sua sabedoria e produz o Logos Inteligível (toda a criação visível). Essa sabedoria foi venerada pelos Ofitas na forma de uma serpente. Até hoje, nós vemos que a primeira e a segunda vida são os dois Adões, ou o primeiro e o segundo homem. No presente jaz Eva, ou a ainda não nascida Eve espiritual, e ela está dentro do Adão Primordial, pois ela é uma parte dele mesmo, que é andrógino. A Eva de barro, ela que será chamada de "a mãe de tudo o que vive" no Gênese, está dentro de Adão, o segundo. E agora, a partir do momento de sua primeira manifestação, o SENHOR MANO, A sabedoria Ininteligível, desaparece da cena da ação. Ela se manifestará apenas como Shekînah, a GRAÇA; pois, a CORONA é "a mais íntima Luz de todas as Luzes", e portanto é a própria essência das "trevas".

Na Cabala, Shekhînah é a nona emanação de Sephirah (Na Cabala Sephirah, ou a "Sagrada Anciã", é a Inteligência Divina), que contém todos os dez Sephiroth dentro de si mesma. Ela pertence à terceira Tríada e é produzida juntamente com Malkhuth ou "Reino", do qual ela é a contrapartida feminina. Além disso, assegura-se que ela é mais elevada que qualquer desses, pois ela é a "Glória Divina", o "véu", ou "a veste" de

Ain Soph. Os Judeus, cada vez que ela é mencionada no Targumin, dizem que ela é a glória de Jeová, que mora no tabernáculo, manifestando-se como uma nuvem visível; a "Glória" que descansa no assento sagrado do Sancta Sanctorum.

No sistema nazareno ou bardesiano, que pode ser denominado de Cabala dentro da Cabala, o Ancião dos Dias - Antiquus Altus - que é o Pai do Demiurgo do Universo, é chamado a Terceira Vida, ou Abathur; e ele é o Pai de Pthahil, que é o arquiteto do universo visível, que ele chama à existência pelos poderes de seu génio, sob ordem do "Maior de Todos"; o Abathur corresponde ao Pai de Jesus na posterior Teogonia cristã. Então, essas duas Vidas superiores são a coroa dentro da qual mora o maior Ferho. "Ferho existia antes que qualquer criatura viesse à vida." Esta é a Primeira Vida, em forma e invisível, em que existe o vivente Espírito da Vida, Mais elevada GRAÇA. São UM a partir da eternidade, pois são Luz e a CAUSA da Luz. Portanto, correspondem à Sabedoria cabalística oculta e à oculta Shekhînah - o Espírito Sagrado. "Essa Luz que se manifesta é a veste do Oculto Sagrado, "diz Idrad Zutah. E o "homem celestial" é o Adão Superior". Ninguém conhece os seus caminhos, exceto Macroprosopus" (Face longa) - o deus superior ativo. "Não como eu estou escrito quero ser lido; neste mundo o meu nome será escrito Jeová e lido Adonai", diz acertadamente o Rabino. Adonai é Adão-Cadmo; ele é ambos, PAI E MÃE. Por essa dupla meiação, o Espírito do "Ancião dos Anciães" desce sobre Microprosopus (Pequena Face) ou o Adão do Éden, e o "Senhor Deus assoprou em suas narinas o alento vital".

Quando a mulher se separou de seu andrógino, e se tornou uma individualidade distinta, a primeira história se repetiu novamente. Ambos, Pai e Mãe, os dois Adões, amam a sua beleza; e, em seguida, seguem a alegoria da tentação e da queda. Está na Cabala, bem como no sistema dos ofitas, em que ambos, Ophis e Ophiomorphos são emanações emblemáticas de serpentes, as precedentes representando a eternidade, a sabedoria e o espírito (como no magismo caldeu do culto, a áspide e a Doutrina da Sabedoria, nos velhos tempos), e mais tarde em Cunning, Envy e Matter. Tanto o espírito como a matéria são serpentes; e Adão-Cadmo se torna Ophis que tenta a si mesmo - homem e mulher - a sabedoria da "Árvore do bem e do Mal", a fim de ensiná-los nos mistérios da sabedoria espiritual. A Luz tenta as Trevas, e as Trevas atraem a Luz, pois as trevas são a matéria e "a Mais elevada Luz não brilha em sua Tenebrae". Com a sabedoria sobrevem a tentação do Ophiomorphos e esta prevalece. O dualismo de qualquer religião existente é revelada pela queda. "Eu recebi um homem do Senhor" exclama Eva, quando o Dualismo, Caim e Abel - mal e bem - nasceu. "E Adão conheceu Hua, a sua mulher (astu), e ela engendrou e deu à luz Kin, e disse: Kanithi aish ath Yahveh - Eu recebi ou obtive um marido, por Yahveh (Ish-homem)".

 

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