A adoração de Baal pelos israelitas

Enviado por Estante Virtual em sab, 24/11/2012 - 00:46

Já se provou que os israelitas adoravam Baal, o Baco sírio, ofereciam incenso à serpente sabaziana ou esculápia e realizavam os mistérios dionisíacos. Mas, como poderia ser de outra maneira, se Typhon era chamado Typhon Sete, e Seth, o filho de Adão, é idêntico a Satã ou Sat-an, e se Seth era adorado pelos hititas? Menos de dois séculos a. C., os judeus reverenciavam ou simplesmente adoravam a "cabeça dourada de um asno" em seu templo; de acordo com Apion, Antíoco Epifanes levou-o consigo. E Zacarias ficou mudo quando da aparição da divindade sob a forma de um asno no templo!.

Pleyte declara que El, o Deus-Sol dos sírios, dos egípcios e dos semitas, não é outro senão Set ou Seth, e que El é o Saturno primordial - Israel. Shiva é um Deus etiópio, da mesma forma que o Baal caldaico - Bel; portanto, ele também é Saturno. Saturno, El, Seth e Khîyûn, ou o Chiun bíblico de Amos, são uma única e mesma divindade e podem ser vistos no seu aspeto pior como Typhon, o Destruidor. Quando o panteão religioso assumiu uma expressão mais definida, Typhon foi separado do seu andrógino - a divindade boa - e caiu em degradação como um poder intelectual brutal.

Essas reações nos sentimentos religiosos de uma nação eram freqüentes. Os judeus adoraram Baal ou Maloch, o Deus-Sol Hércules, nos seus tempos primitivos - se é que tiveram tempos mais primitivos do que os persas e os macabeus - e então fizeram os seus profetas denuncia-los. Por outro lado, as características do Jeová mosaico exibiam mais da disposição moral de Shiva, do que um Deus benevolente e "que sofreu muito". Além disso, ser idêntico a Shiva não é pequena cortesia, pois ele é o Deus da sabedoria. Wilkinson descreve-o como o mais intelectual dos deuses hindus. Ele tem três olhos e, como Jeová, é terrível em sua vingança e sua cólera, às quais não se pode resistir. E, embora seja o Destruidor, é o "recriador de todas as coisas com perfeita sabedoria". É o tipo do Deus de Santo Agostinho que "prepara o inferno para os que espreitam os seus mistérios" e põe à prova a razão humana forçando-a a considerar, na mesma medida, suas boas e más ações.

Apesar das provas numerosas de que os israelitas adoravam um variedade de deuses e ofereciam sacrifícios humanos até um período posterior aos sacrifícios realizados pelos seus vizinhos pagãos, eles conseguiram esconder tais verdades à Humanidade. Sacrificaram vidas humanas até 169 a.C., e a Bíblia registra um grande número dessas ocorrências. Numa época em que os pagãos haviam abandonado essa prática abominável e haviam substituído o homem sacrificial por um animal, surge Jefté sacrificando sua própria filha em holocausto ao "Senhor".

A pluralidade dos deuses de Israel, está manifesta nessas denúncias. Seus profetas nunca aprovaram a adoração sacrifial. Samuel negou que o Senhor se agradasse com holocaustos e vítimas (I Samuel, XV, 22). Jeremmiasd afirmou, inequivocamente, que o Senhor, Yava Tsabaôth Elohe Israel, nunca exigiu nada desse tipo, mas exatamente o contrário (VII, 21-4).

Mas esses profetas que se opuseram aos sacrifícios humanos eram todos eles nazar e iniciados. Esses profetas comandavam um oposição nacional aos sacerdotes, como mais tarde os gnósticos combateram os padres cristãos. É por essa razão que, quando a monarquia foi dividida, encontramos os sacerdotes em Jerusalém e os profetas no país de Israel. Até mesmo Acab e seus filhos, que introduziram a adoração tíria de Baal-Hércules e das deusas sírias em Israel, foram auxiliados e encorajados por Elias e Eliseu. Poucos profetas apareceram na Judéia antes de Isaías, depois de derrubada a monarquia setentrional. Eliseu ungiu Jeú, com o propósito de que ele exterminasse as famílias reais de ambos os países e, assim, unisse os povos sob uma única coroa. Quanto ao Templo de Salomão, desconsagrado pelos sacerdotes, nenhum profeta ou iniciado hebraico moveu uma palha sequer. Elias nunca foi lá, nem Eliseu, Jonas, Naum, Amos ou qualquer outro israelita. Enquanto os iniciados aderiam à "doutrina secreta" de Moisés, o povo, levado pelos seus sacerdotes, embebia-se de idolatria, exatamente como os pagãos. Foram as opiniões e interpretações populares de Jeová que os cristãos adotaram.

 

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