Diversos Fenômenos Astrais

Enviado por Estante Virtual em seg, 12/12/2011 - 19:59

 

Há razoes para se supor que pode não se passar muito tempo antes que uma ou duas forças superfísicas venham a ser conhecidas pelo mundo em geral.Uma experiência comum em “sessões” espíritas é a do emprego de força praticamente irresistível nos movimentos instantâneos de pesos enormes, por exemplo, e assim por diante. Há várias formas de se conseguir esse resultado. Podemos sugerir quatro delas:

(1) Existem as grandes correntes etéricas à superfície da terra, fluindo de pólo a pólo, em volumes que fazem seu poder tão irresistível quanto o das marés montantes, e há métodos através dos quais essa estupenda força pode ser utilizada com segurança, embora tentativas pouco hábeis no sentido de controlá-la possam ser carregadas do maior perigo.

(2) Existe uma pressão etérica, algo que corresponde, embora seja muitíssimo maior, à pressão atmosférica. O ocultismo prático ensina como determinado corpo de éter pode se isolado do resto, de forma que a tremenda força da pressão etérica possa ser levada a agir.

(3) Existe um vasto armazenamento de energia potencial, que se vem mantendo adormecida na matéria durante a involução do sutil para o grosseiro. Pela modificação da condição da matéria alguma dessa energia pode ser liberada e utilizada, mais ou menos como a energia latente sob a forma de calor pode ser liberada mediante uma modificação na condição da matéria visível.

(4) Muitos resultados podem ser obtidos através do que é conhecido como vibração simpática. Fazendo ressoar a nota tônica da classe de matéria que se deseja afetar, uma quantidade imensa de vibrações simpáticas pode ser produzida. Quando isso é feito no plano físico, isto é, fazendo-se ressoar uma nota na harpa e lavando outras harpas afinadas na mesma tonalidade a responderem simpaticamente, não há energia adicional desenvolvida. No plano astral, entretanto, a matéria é muitíssimo menos inerte, de forma que, quando chamada à ação pelas vibrações simpáticas, acrescenta sua própria força viva ao impulso original, que, assim, pode ser multiplicado muitíssimas vezes. Através de ulterior repetição rítmica do impulso original, as vibrações podem ser de tal modo intensificadas que o resultado fica aparentemente fora de proporção com a causa. Parece que dificilmente há qualquer limite às realizações concebíveis dessa força em mãos de um grande Adepto que compreenda integralmente suas possibilidades, já que a própria construção do Universo não foi senão o resultado de vibrações postas em movimento pela Palavra Falada.

O tipo de mantras ou encantamentos que produz resultados sem ser através do controle de algum elemental, mas apenas pela repetição de certos sons, também depende, para sua eficácia, dessa ação das vibrações simpáticas.

Os fenômenos de desintegração também podem ser produzidos pela ação de vibrações extremamente rápidas, que se sobrepõem à coesão das moléculas do objeto que está sendo tratado. Uma vibração ainda mais alta, de um tipo algo diferente, separará essas moléculas em seus átomos constituintes. Um corpo assim reduzido à condição etérica pode ser movido de um lugar para o outro com uma rapidez muito grande. E, no momento em que a força exercida é retirada, ele será forçado pela pressão etérica a reassumir sua condição original.

É necessário explicar como a forma de um objeto é preservada ao ser ele desintegrado e depois rematerializado. Se uma chave de metal, por exemplo, for levada à condição vaporosa pelo calor, quando o calor é retirado o metal se solidificará, mas em lugar de termos uma chave teremos um pedaço de metal. Isso acontece porque a essência elemental que dá forma à chave foi dissipada pela alteração na sua condição. Não quer dizer que a essência elemental possa ser afetada pelo calor, mas que, quando seu corpo temporário é destruído em sua qualidade de sólido, a essência elemental volta ao grande reservatório dessa essência, tal como os superiores princípios do homem, embora inteiramente intocados pelo frio ou pelo calor, ainda assim são expulsos do corpo físico quando este último é destruído pelo fogo.

Consequentemente, quando o metal da chave esfria e retorna à condição de sólido, a essência elemental “terra” que volta para ela não é a mesma que ali estava antes, portanto não há razão para que o feitio da chave seja conservado.

Mas um homem que desintegrasse uma chave a fim de levá-la de um lugar para outro, teria o cuidado de manter a essência elemental exatamente na mesma forma até que a transferência se completasse e, então, quando a força de sua vontade fosse removida, ela atuaria como um molde no qual as partículas solidificantes seriam reagregadas. Assim, a não ser que falhasse o poder da vontade do operador, o formato seria perfeitamente preservado.

Aportes, ou o transporte quase instantâneo de objetos que estão a grande distancia, para as sessões espíritas, são, às vezes, produzidos dessa maneira, porque é óbvio que, quando desintegrados, poderiam passar com perfeita facilidade através de substancia sólida, tal como a parede de uma casa ou o lado de uma caixa fechada. A passagem da matéria através da matéria é, assim, quando compreendida, tão simples como a passagem da água através de um crivo ou a de um gás através de um liquido.

A materialização, ou a mudança de um objeto do estado etérico para o sólido, pode ser produzida por uma inversão do processo acima. Nesse caso, também um esforço continuo da vontade é necessário para evitar que a matéria materializada recaia na condição etérica. Os vários tipos de materialização serão descritos no capítulo XXVIII, Auxiliares Invisíveis.

Perturbações elétricas de qualquer espécie apresentam dificuldade tanto para a materialização como para a desintegração, presumivelmente pelo mesmo motivo que leva a luz brilhante a torná-las quase impossíveis – o efeito destrutivo da vibração forte.

A reduplicação é produzida pela formação de uma imagem mental perfeita do objeto a ser copiado e, então, seguindo-se a isso, vem a colheita da necessária matéria astral e física para o molde. O fenômeno requer considerável poder de concentração par realizar-se, porque cada partícula, seja interna ou externa do objeto a ser duplicado, deve ser mantida perfeita e simultaneamente à vista. Uma pessoa que seja incapaz de extrair a matéria desejada diretamente do éter circundante pode, às vezes, obtê-la do material do artigo original, que seria, então, diminuído correspondentemente, em seu peso.

A precipitação de letras etc. pode ser produzida de varias maneiras. Um Adepto pode colocar uma folha de papel diante de si, formar uma imagem mental da escrita que deseja ver surgir nele e retirar do éter a matéria com a qual tornará a imagem objetiva. Ou pode, com a mesma facilidade, ter o mesmo resultado sobre uma folha de papel que esteja diante de seu correspondente, seja qual for a distância existente entre eles.

Um terceiro método, mais rápido, portanto com maior freqüência adotado, é imprimir toda a substancia da carta na mente de algum discípulo e deixar para ele o trabalho mecânico da precipitação. O discípulo imaginará então que vê a carta escrita no papel que está nas mãos de seu Mestre e torna objetiva a escrita, tal como acabamos de descrever. Se ele achar difícil retirar matéria do éter e precipitar a escrita no papel, simultaneamente, pode ter a mão tinta ou pó colorido, do qual ele pode retirá-la mais facilmente.

É também fácil imitar a caligrafia de outra pessoa, e seria impossível detectar tal falsificação pelos meios comuns. O discípulo de um Mestre tem um teste infalível que pode aplicar, mas para outros a prova de origem deve estar apenas no conteúdo da carta e o espírito que a anima, porque a caligrafia, por muito bem imitada que seja, não tem valor como evidência.

Um discípulo novo no trabalho poderia provavelmente imaginar só algumas palavras de cada vez, mas um que tivesse mais experiência poderia visualizar toda a pagina, ou mesmo toda a carta, ao mesmo tempo. Dessa forma, cartas bastante longas são às vezes produzidas em alguns segundos, nas sessões espíritas.

Quadros são precipitados da mesma maneira, a não ser que, nesse caso, é necessário visualizar toda a cena de uma vez; e se muitas cores forem usada, elas tem de ser manufaturadas, mantidas em separado e corretamente aplicadas. Evidentemente, aqui há campo para a faculdade artística, e aqueles que tiverem experiência como artistas terão mais êxito do que os que não possuem tal experiência.

A escrita em lousas, é produzida às vezes por precipitação, embora mais frequentemente minúsculos pontos da mão dos espíritos possam ser materializados apenas o bastante para segurarem o pedaço de lápis.

A levitação, que é a flutuação de um corpo humano no ar, é com freqüência realizada em sessões por “mãos de espíritos” que sustentam o corpo do médium. Pode ser conseguida igualmente com o auxilio dos elementais do ar e da água. No Oriente, contudo, sempre se emprega outro método, que aqui é ocasionalmente empregado. Sabe a ciência oculta que há um método para neutralizar e mesmo inverter a força da gravidade, que é um fato de natureza magnética através do qual a levitação pode ser facilmente produzida. Sem duvida, esse método foi usado para erguer algumas naves aéreas da antiga Índia e da Atlântida, e não é improvável que método semelhante tenha sido empregado na construção das Pirâmides e de Stonehenge

A levitação também se dá em alguns ascetas da Índia, e alguns dos maiores santos cristãos, quando em profunda meditação, foram erguidos do solo – por exemplo. Santa Teresa e São José de Cupertino.

Já que a luz consiste em vibrações do éter, é óbvio que alguém que seja conhecedor de como produzir essas vibrações pode produzir “luzes de espíritos”, seja a suave fosforescência ou a deslumbradora variedade elétrica, ou aqueles globos dançantes de luz nos quais certa classe de elementais do fogo tão facilmente se transformam.

O fato de se manejar fogo sem sofrer dano pode ser conseguido fazendo-se a cobertura da mão com a mais delgada camada de substancia etérica, manipulada para ser impermeável ao calor. Há ainda outras formas que podem ser usadas.

A produção de fogo também está dentro dos recursos do plano astral, bem como a forma de neutralizar seus efeitos. Parece haver pelo menos três maneiras de se fazer isso: (1) estabelecer e manter o ritmo necessário de vibração, quando a combustão vai ser produzida; (2) introduzir, de forma quadrimensional, minúsculos fragmentos de matéria resplandecente e então soprá-los até que se expandam em chamas; (3) introduzir constituintes químicos que produzam combustão.

A transmutação de metais pode ser obtida reduzindo-se a peça de metal à condição atômica e tornando a arranjar os átomos em outra forma.

A repercussão, da qual trataremos no capítulo sobre Auxiliares Invisíveis, também se deve ao principio de vibração simpática descrito acima.

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