A Vida no Sono

Submitted by Estante Virtual on Mon, 12/12/2011 - 19:49

A verdadeira causa do sono pareceria ser devido ao fato de os corpos chegarem a se cansar mutuamente. No caso do corpo físico, não só os esforços musculares mas também os sentimentos e pensamentos produzem certas e ligeiras modificações químicas. Um corpo saudável está sempre tentando contrabalançar essas modificações, mas nunca chega a consegui-lo enquanto o corpo está desperto. Conseqüentemente, a cada pensamento, sentimento ou ação, verifica-se uma ligeira perda, quase imperceptível, da qual o efeito acumulado deixa o corpo físico demasiadamente exausto para ser capaz de continuar a pensar ou a trabalhar. Em alguns casos, mesmo alguns momentos de sono serão suficientes para a recuperação, sendo isto feito pelo elemental físico.

No caso do corpo astral, bem depressa começa ele a se sentir fatigado com o pesado trabalho de mover as partículas do cérebro físico e precisa de um período considerável de separação quanto a ele, a fim de reunir forças para reassumir sua cansativa tarefa.

Em seu próprio plano, todavia, o corpo astral é praticamente incapaz de fadiga, pois há casos em que ele trabalhou incessantemente durante vinte e cinco anos sem mostrar sintomas de exaustão.

Embora a emoção excessiva e continuada canse o homem muito rapidamente na vida comum, não é o corpo astral que se torna cansado mas o organismo físico através do qual a emoção é expressa ou sentida.

O mesmo acontece com o corpo mental. Quando falamos de fadiga mental, usamos realmente uma expressão errada, porque é o cérebro e não a mente o que se cansa. Não existe fadiga da mente.

Quando o homem, no sono (ou na morte), deixa seu corpo, a pressão da matéria astral circundante - que realmente é a força de gravidade do plano astral – imediatamente força outra matéria astral a ocupar o espaço astralmente vazio. Essa contraparte astral, no que se refere à distribuição, é uma cópia exata do corpo físico, mas ainda assim não tem conexão real com ele e nunca poderia ser usada como veiculo. Trata-se de uma combinação fortuita de partículas apenas, partículas retiradas de matéria astral de uma qualidade apropriada que aconteça estar à mão. Quando o verdadeiro corpo astral retorna, expulsa essa outra matéria astral que não faz a mais ligeira oposição a isso.

Essa é claramente uma das razões pela qual um extremo cuidado deveria ser tomado no que se refere ao lugar onde o homem adormece, porque, se essa localização for má, matéria astral de tipo pouco recomendável pode penetrar no corpo físico enquanto o corpo astral do homem está ausente, e deixar atrás de si influências que só podem influir desagradavelmente sobre o homem verdadeiro, quando de seu retorno.

Quando um homem “vai dormir”, seus princípios superiores em seu corpo astral retiram-se do corpo físico, e o corpo denso bem como o corpo etérico permanecem no leito, com o corpo astral flutuando sobre eles. No sono, então, o homem está usando simplesmente seu corpo astral, em lugar do físico: só o corpo físico está dormindo, não necessariamente o próprio homem.

Habitualmente o corpo astral, assim afastado do físico, retém a forma daquele corpo, de modo que a pessoa é facilmente reconhecida por que quer que a conheça fisicamente. Isso é devido ao fato de que a atração entre as partículas astrais e físicas, continuada através da vida física, instala um hábito ou impulso na matéria astral, que continua mesmo quando ela é temporariamente afastada do corpo físico adormecido.

Por essa razão, o corpo astral de um homem que está dormindo consistirá numa porção central, correspondente ao corpo físico, relativamente muito densa e de uma aura circundante relativamente muito mais rarefeita.

Um homem muito pouco desenvolvido pode estar quase tão adormecido quanto seu corpo físico o está, porque só é capaz de uma consciência muito pequena em seu corpo astral. Não pode também afastar-se da vizinhança imediata de seu corpo físico adormecido e, se for feita uma tentativa de afasta-lo em seu corpo astral, provavelmente acordaria aterrorizado em seu corpo físico.

O corpo astral de um homem assim é massa informe, espiral nebulosa, flutuante, toscamente ovóide, mas muito irregular e indefinida em seu contorno: as feições e o desenho da forma interior ( a contraparte astral densa do corpo físico) também se mostram vagas, toldadas e indistintas, mas sempre reconhecíveis.

Um homem desse tipo primitivo tem usado seu corpo astral durante sua consciência desperta, enviando correntes da mente através do astral ao cérebro físico. Mas quando o cérebro está inativo, durante o sono físico, o corpo astral, não sendo desenvolvido, é incapaz de receber impressões por sua própria iniciativa. Assim, aquele homem está virtualmente inconsciente, incapaz de se expressar claramente através de seu corpo astral de medíocre organizações. Os centros de sensação nesse corpo podem ser afetados pela passagem de formas-pensamentos, e o homem talvez responda a estímulos nascidos da natureza inferior. No observador, entretanto, o efeito produzido é de sonolência e incerteza, o corpo astral carecendo inteiramente de atividade definida e flutuando ocioso, incipientemente, sobre a forma física adormecida.

Numa pessoa muito pouco desenvolvida, portanto, os princípios superiores, isto é, o próprio homem, está quase tão adormecidos quanto o corpo físico.

Em alguns casos o corpo astral é menos letárgico e flutua sonolento pelas várias correntes astrais, reconhecendo ocasionalmente outras pessoas nas mesmas condições e tendo experiências de todo o tipo, agradáveis e desagradáveis, cuja recordação confusa e muitas vezes transformada em grotescas caricaturas do que realmente aconteceu ( ver capítulo X, sobre Sonhos ) levará o homem a pensar, na manhã seguinte, que teve um sonho notável.

No caso de um homem mais desenvolvido, há uma grande diferença. A forma interior é muito mais clara e definida – reprodução mais aproximada da aparência física do homem. Em lugar da nebulosidade flutuante há uma forma ovóide nitidamente definida, mantendo seu formato intocado entre todas as várias correntes que estão sempre girando em torno dela no plano astral.

Um homem desse tipo não está de maneira alguma inconsciente em seu corpo astral, porém está pensando muito ativamente. Todavia, pode ocorrer que do ambiente circundante obtenha um conhecimento pouco maior do que o do homem não-desenvolvido. Isto se dá não porque seja incapaz de ver, mas porque está tão envolvido em seu próprio pensamento que não pode ver, embora pudesse fazê-lo se o quisesse. Fossem quais fossem os pensamentos em que se ocupou durante o dia anterior, ele habitualmente continua a mantê-los quando adormece e fica rodeado por uma parede tão densa, de sua própria fabricação, que virtualmente nada observa do que se está passando para além dela. Ocasionalmente, um violento impacto vindo de fora, ou mesmo um forte desejo dele próprio, vindo do interior, podem romper a cortina nebulosa e permitir que ele receba alguma impressão definida. Mas mesmo então o nevoeiro se fechará quase que imediatamente e ele sonhará sem nada observar, como fazia antes.

No caso de um homem ainda mais desenvolvido, quando o corpo físico adormece, o corpo astral desliza para fora dele e o homem fica então em completa consciência. O corpo astral mostra-se claramente delineado e definidamente organizado, parecendo-se ao homem, e esse homem pode usá-lo como um veículo, um veículo muito mais conveniente do que o corpo físico.

Neste caso a receptividade do corpo astral é maior, e ele pode responder instantaneamente a todas as vibrações de seu plano, tanto as sutis como as grosseiras, mas no corpo astral de uma pessoa muito altamente desenvolvida não haverá naturalmente qualquer matéria ainda capaz de responder às vibrações grosseiras.

Tal homem está inteiramente desperto, trabalha muito mais ativamente, com maior exatidão e com maior poder de compreensão do que quando está confinado ao veículo físico mais denso. Além disso, pode mover-se livremente e com imensa rapidez para qualquer distância, sem causar a menor perturbação ao corpo físico adormecido.

Pode encontrar amigos e com eles trocar idéias, sejam esses amigos encarnados ou desencarnados, os quais acontece estarem igualmente acordados no plano astral. Pode encontrar pessoas mais evoluídas do que ele próprio e receber delas avisos ou instruções; ou pode beneficiar os que sabem menos do que ele.

Pode entrar em contato com entidades não-humanos de vários tipos (ver capítulos XX e XXI, sobre Entidades Astrais). Estará sujeito a toda espécie de influencias astrais, boas ou más, fortalecedoras ou terrificantes.

Pode ainda travar amizade com pessoas de outras partes do mundo; pode fazer ou ouvir conferências. Se é um estudante, pode conhecer outros estudantes e, com as faculdades adicionais fornecidas pelo mundo astral, tornar-se capaz de resolver problemas que apresentavam dificuldades no mundo físico.

Um médico, por exemplo, durante o sono do corpo, pode visitar casos nos quais está particularmente interessado. Adquire, assim, novas informações que podem chegar à sua consciência desperta sob a forma de intuições.

Num homem altamente desenvolvido, o corpo astral, sendo inteiramente organizado e vitalizado, torna-se veículo da consciência no plano astral, tanto quanto o corpo físico o é no plano físico.

Sendo o plano astral o verdadeiro mundo da paixão e da emoção, os que se rendem a uma emoção podem senti-la com um vigor e uma agudeza misericordiosamente desconhecidas sobre a terra. Enquanto se está no corpo físico, a maior parte da eficiência de uma emoção se exaure na transmissão ao plano físico, mas no mundo astral o todo da força se encontra disponível em seu próprio mundo. Daí ser possível sentir-se mais intensamente afeição ou devoção no plano astral do que no mundo físico; da mesma maneira, a intensidade do sofrimento no mundo astral nem mesmo pode ser imaginada na vida física comum.

Uma vantagem desse estado de coisas está no fato de que toda a dor e sofrimento são voluntários e sob controle no mundo astral, pois a vida ali é muito mais fácil para o homem que compreende. Controlar a dor física através da mente é possível, mas excessivamente difícil; no mundo astral, entretanto, qualquer pessoa pode, num momento, expulsar o sofrimento causado por uma forte emoção. O homem tem apenas de pôr em ação sua vontade, e a paixão imediatamente desaparece. Essa afirmativa pode parecer surpreendente, contudo é verdadeira, sendo tal o poder da vontade e da mente sobre a matéria.

Ter obtido integral consciência no corpo astral é ter feito já um grande progresso: quando um homem também lançou uma ponte sobre o vácuo entre a consciência física e a consciência astral, o dia e a noite já não existe para ele, pois leva uma existência que não tem solução de continuidade. Para um homem assim, mesmo a morte, tal como é comumente concebida, cessou de existir, já que ele leva consigo aquela consciência integral não só através do dia e da noite, mas também através dos portais da própria morte, e até o fim de sua vida no plano astral, tal como veremos mais tarde, quando tratarmos da vida após a morte.

Viajar no corpo astral não é instantâneo, mas é tão veloz essa viagem que o espaço e o tempo podem ser tido como virtualmente conquistados, porque, embora o homem esteja passando através do espaço, cruza-o com tal rapidez que as divisões do mundo são como se não existissem, já que em dois ou três minutos um homem pode mover-se em torno do mundo.

Qualquer pessoa adiantada e culta já tem a consciência integralmente desperta no corpo astral e é perfeitamente capaz de empregá-lo com veiculo, embora em muitos casos não faça isso, de vez que não realizou o esforço decisivo inicialmente necessário, até que o hábito se estabeleça.

A dificuldade com a pessoa comum não está no fato de o corpo astral não poder agir, mas no fato de que durante milhares de anos aquele corpo esteve habituado a movimentar-se apenas pelas impressões recebidas através do veículo físico. Assim, aquelas pessoas não compreendem que o corpo astral pode trabalhar em seu próprio plano, por sua própria iniciativa, e que a vontade pode agir sobre ele diretamente.

As pessoas permanecem “adormecidas” astralmente porque adquiriram o hábito de esperar pelas vibrações físicas familiares convocando-as às atividades astrais. Daí falar-se em estar acordado no plano astral, mas de forma alguma para o plano astral. Conseqüentemente, elas são apenas vagamente conscientes do que as cerca, quando chegam a sê-lo.

Quando um homem se torna discípulo de um dos Mestres, é habitualmente sacudido para fora daquela condição sonolenta no plano astral, acordando inteiramente para as realidades que o cercam e para o trabalho entre essas realidades, de forma que as horas de sono já não ficam em branco, mas são preenchidas com ocupações ativas e úteis, sem que isso interfira de forma alguma no saudável repouso do corpo físico cansado.

No capítulo XXVIII, que trata de Auxiliares Invisíveis, cuidaremos mais detalhadamente do trabalho cuidadosamente planejado e organizado no corpo astral: aqui podemos dizer que, mesmo antes que esse estágio seja alcançado, grande quantidade de trabalho útil pode ser, e é, constantemente realizada. Um homem que adormece com a intenção definida em sua mente de fazer algum trabalho tentará, sem dúvida alguma, levar a cabo o que pretende, assim que se liberte do seu coro físico adormecido. Mas, quando o trabalho é completado, é provável que o nevoeiro de seus próprios pensamentos autocentralizados se feche em torno dele mais uma vez, a não ser que se haja habituado a iniciar novas linhas de ação quando funciona fora do cérebro físico. Em alguns casos, naturalmente, o trabalho escolhido é de porte a ocupar todo o tempo usado para o sono, de forma que tal homem se está esforçando, ao máximo que lhe é possível, até o ponto permitido pelo seu desenvolvimento astral.

Cada qual deveria determinar, a cada noite, para si próprio, fazer algo útil no plano astral: confortar alguém que esteja perturbado, usar a vontade para insuflar força em quem está fraco ou doente, acalmar alguém que esteja excitado ou histérico, ou qualquer serviço dessa natureza.

Certa medida de sucesso é absolutamente certa e se aquele que deseja ajudar fizer uma observação atenta, receberá com freqüência indicação dos resultados definidos que obteve no mundo físico.

Há quatro formas pelas quais o homem pode ser “acordado” para a atividade autoconsciente em seu corpo astral.

( 1 ) Pelo curso comum da evolução que, embora lenta, é segura.

( 2 ) Pelo próprio homem que, tendo tomado conhecimento do caso, faz o esforço contínuo e persistente necessário para dissipar o nevoeiro interior e aos poucos suplantar a inércia a que se habituou. A fim de realizar isso, esse homem deveria resolver, antes de dormir, fazer a tentativa, quando deixar o corpo, de acordar e ver algo, ou fazer algum trabalho útil. Isso naturalmente irá apenas apressar o natural processo de evolução. Seria desejável que um homem desenvolvesse primeiro o senso comum e as qualidades morais; isto por duas razoes: primeira, para que não usasse mal os poderes que pudesse adquirir; segunda, para que não se deixasse dominar pelo medo em presença de forças que não pode compreender nem controlar.

( 3 ) Por acidente ou por uso ilegal de cerimônias mágicas, ele pode romper o véu, de tal forma que ele nunca mais pode fechar-se inteiramente. Exemplos disso são encontrados em Uma Vida Encantada, de H. P. Blavatsky, e em Zanoni, de Lord Lytton.

( 4 ) Um amigo pode atuar do lado de fora, sobre a casca fechada que rodeia o homem, e aos poucos elevá-lo às mais altas possibilidades. Isso, contudo, jamais deveria ser feito, a não ser que o amigo tenha muita certeza de que tal homem que vai ser acordado possui a coragem, o devotamento e outras qualificações necessárias para o trabalho útil.

A necessidade de auxiliares para o plano astral é tão grande que todo o aspirante pode estar certo de que não haverá um dia de espera no despertá-lo, assim que se revele pronto para tanto.

Pode acrescentar-se que, quando uma criança foi acordada no plano astral, o desenvolvimento do corpo astral se processa tão rapidamente que depressa ela estará, naquele plano, em posição pouco menos inferior da que tem o adulto acordado, e ficará naturalmente muito adiantada no que se refere a se fazer mais útil em relação ao mais sábio dos homens que ainda não esteja desperto.

A não ser, contudo, que o ego que se expressa através do corpo da criança possua as qualificações necessárias para uma disposição firme, mas amorosa, e tenha manifestado claramente em suas vidas precedentes essa disposição, ocultista algum tomaria a responsabilidade muito séria de acordá-la no plano astral. Quando é possível acordar crianças dessa maneira, elas provam ser o mais eficiente trabalhador do plano astral e se atiram ao trabalho com um devotamento entusiasta que é bonito de ver.

Embora seja relativamente fácil acordar um homem no plano astral, isto é praticamente impossível, a não ser por influência mesmérica altamente indesejável, levá-lo a adormecer novamente.

A vida adormecida e a acordada são, assim, em realidade apenas uma: durante o sono estamos conscientes desse fato e temos memória continuada das duas, isto é, a memória astral inclui a física, embora naturalmente a memória física de forma alguma inclua a memória das experiências astrais.

O fenômeno de caminhar dormindo (sonambulismo) pode ser produzido, aparentemente, de várias e diferentes maneiras.

( 1 ) O ego pode ser capaz de agir mais diretamente sobre o corpo físico durante a ausência dos veículos astral e mental: em casos dessa natureza, um homem pode ser capaz, por exemplo, de escrever poesia, pintar quadros etc., o que estaria bem longe de sua capacidade habitual quando acordado.

( 2 ) O corpo físico pode estar trabalhando automaticamente e pela força do hábito, não controlado pelo próprio homem. Exemplos disso ocorrem quando criados acordam no meio da noite e acendem o fogo ou atendem a outros deveres domésticos com os quais estão acostumados; ou quando o corpo físico adormecido leva a cabo uma idéia dominante da mente antes de adormecer.

( 3 ) Uma entidade externa, encarnada ou desencarnada, pode apoderar-se do corpo de um homem adormecido e usá-lo para seus próprios fins. Isto aconteceria, provavelmente, com uma pessoa mediúnica, isto é, pessoa cujos corpos estão frouxamente unidos e, portanto, são facilmente separáveis.

Com pessoas normais todavia, o fato de o corpo astral deixar o corpo físico durante o sono não abre caminho para a obsessão, porque o ego sempre mantém íntima conexão com seu corpo e seria prontamente chamado de volta a ele se qualquer tentativa pudesse ser feita em relação a esse corpo.

( 4 ) Um condição diretamente oposta também pode produzir resultado semelhante. Quando os princípios ou corpos encaixam-se mais apertadamente do que de costume, o homem, em lugar de visitar um ponto distante em seu corpo astral, levaria também seu corpo físico, porque não está de todo dissociado dele.

( 5 ) O sonambulismo esta, provavelmente, conectado também com o complexo problema de várias camadas de consciência no homem e que, sob circunstâncias normais, não podem se manifestar.

Muito ligada à vida do sono é a condição de transe, que não é senão um estado de sono, artificial ou anormalmente induzido. Médiuns e sensitivos passam facilmente para fora do corpo físico, indo para o corpo astral, quase sempre inconscientemente. O corpo astral pode, então, executar suas funções, tal como viajar para um lugar distante, recolhendo impressões, ali, dos objetos circundantes e trazendo essas impressões de volta para o corpo físico. No caso do médium, o corpo astral pode descrever essas impressões por meio do corpo físico em transe, mas, como regra, quando o médium sai do transe, o cérebro não retém as impressões assim feitas nele e não lhe fica traço algum das experiências adquiridas na memória física. Ocasionalmente, mas isto é muito raro, o corpo astral pode fazer uma impressão duradoura no cérebro, de forma que o médium consiga recordar o conhecimento adquirido durante o transe.

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