Relaxamento

Enviado por Estante Virtual em seg, 16/12/2013 - 01:15
Uma vez que meditação envolve esforço, o estudante faria bem em lembrar que o efeito natural de concentrar a mente é produzir tensão nos músculos do corpo. O hábito comum de franzir as sobrancelhas é evidência desse automatismo corporal. Esta tensão dos músculos não só induz grande fadiga corporal, mas age como um obstáculo ao influxo de forças espirituais. Desse modo o estudante deveria periodicamente em sua meditação, e repetidamente ao longo da vida diária, voltar sua atenção para o corpo e deliberadamente soltar-se em relaxamento. Pessoas de natureza intensa e forte freqüentemente acham dificuldade em se expressar seja pela fala ou por escrito devido ao hábito de impor excessiva e súbita pressão no cérebro. Eles deveriam aprender a deixar o cérebro carregar-se gradualmente, como diria um eletricista. Um momento de completo relaxamento os livraria da dificuldade. De modo muito semelhante se um conferencista sofrer de fadiga cerebral e súbito esquecimento de sua seqüência de idéias ou incapacidade de escolher uma palavra, de longe a providência mais sábia é ter a coragem de entrar momentaneamente em completo relaxamento, antes que esforçar-se por lembrar, pois esse esforço adicional só aumentaria a tensão em torno do cérebro. 
 
O estudante deveria também lembrar que a meditação não é uma questão de esforço físico. No momento em que a mente se volta para um pensamento ela está concentrada nele. É difícil expressar em palavras o que, enfim, deve ser experimentado para ser compreendido; mas concentração é menos uma questão de manter à força a mente sobre dado pensamento do que de permitir à mente que repouse longamente sobre esse pensamento em perfeita imobilidade e quietude. 
 
Mais adiante o estudante poderá captar, e aplicar-se pelo que é verdadeiro em sua própria experiência interior, a idéia de que é o corpo mental e não cérebro a sede do pensamento, e que ainda que nos estágios inicias o esforço deva parecer se concentrar na tarefa de aquietar o cérebro, de qualquer maneira a concentração realmente concerne ao corpo mental mais que ao cérebro físico.
 

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