O culto às divindades

Enviado por Estante Virtual em sex, 23/11/2012 - 01:53

Todos os dogmas religiosos servem para ofuscar a razão humana. ... O culto às divindades, sob as alegorias em que está escondido o respeito às leis naturais, afasta a verdade, em benefício das superstições mais desprezíveis" (Vyâsa-Maya) (Vyâsa - Literalmente "aquele que desenvolve ou amplia", um revelador, porque o que ele explica, interpreta e amplia é um mistério para o profano. Mâyâ - Ilusão. O poder cósmico que torna possível a existência fenomenal e as percepções da mesma.)

Deve-se à cristandade, a pintura de Deus Poderoso segundo o modelo da abstração cabalista do "Ancião dos Dias". De antigos afrescos dos tetos das catedrais, de missais católicos, e de outros ícones e imagens, agora nós o encontramos representado pelo pincel poético de Gustave Doré. A Sua respeitável e desconhecida majestade, que nenhum pagão ousou reproduzir de forma concreta, figura na Bíblia Ilustrada de Doré, pertencente ao nosso século. Pisando nas nuvens que flutuam no meio do ar, atrás dele as trevas e o caos e o mundo sob os seus pés, um majestoso homem idoso está de pé, sua mão esquerda segurando suas roupas flutuantes em volta do corpo, a sua mão direita erguida num gesto de comando. Ele disse a Palavra, e de sua pessoa altamente emanava uma eflugência de Luz - O Shekinah. Como uma concepção poética, a obra honra o artista, mas valorizará ela a Deus? Melhor o caos atrás Dele, do que a Sua figura; pois no caos, ao menos, temos um mistério solene. De nossa parte, preferimos o silêncio dos antigos pagãos.

No seu imoderado desejo de encontrar provas da autenticidade do Novo Testamento, os melhores homens, os mais eruditos estudiosos, até mesmo entre os protestantes divinos, freqüentemente caíram em deploráveis armadilhas. Não podemos acreditar que tão culto comentarista como Cônego Westsott, poderia ter-se mantido na ignorância dos escritos cabalísticos e talmudístico. Como então, o vemos citando, com serena certeza, apresentando "as notáveis semelhanças com o Evangelho de São João", das passagens da obra O Cordeiro de Hermes, que são máximas completas da literatura cabalística? "A visão que Hermes dá da natureza e do trabalho de Cristo não é menos harmoniosa que a doutrina apostólica, e ela oferece notáveis analogias como o Evangelho de São João... Ele (Jesus) está uma pedra mais alto que as montanhas, capaz de manter o mundo inteiro, secular, e ainda tendo um portão novo!... Ele é mais velho que a criação, assim ele pode aconselhar-se com o Pai sobre a criação que ele fez... Ninguém pode chegar até ele a não ser através do seu Filho".

"Deus", diz Hermes, "plantou um vinhedo, isto é, Ele criou os povos e lhes deu Seu Filho; e o Filho. ... ele mesmo redimiu os seus pecados, etc."; isto é, o Filho lavou-os em sangue, e comemorando isto, os cristãos bebem vinho em sua comunhão. Na Cabala revela-se que o Ancião dos Anciães ou o "Face Longa" plantou um vinhedo, significando o último a Humanidade; e a vinha simbolizando a Vida. O Espírito do "Rei Messias" é, portanto, mostrado lavando as suas vestes no vinho que vem de cima, da criação do mundo. Adão, ou A-dão é "sangue". A vida da carne está no sangue (nephesh-alma). E Adão-Cadmo é o Único-Criado. Noah também plantou um vinhedo, o viveiro alegórico da futura Humanidade. Como uma conseqüência da adoção da mesma alegoria, nós a encontramos no Codex nazareno. Sete vinhas são procriadas, que surgem de Kabar-Ziwa, e Ferho (ou Parcha) Raba as rega. Quando os abençoados subirem entre as criaturas de Luz, eles verão Kabar-Ziwa, Senho da Vida, e a Primeira VINHA! Essa metáfora cabalísticas são, dessa forma, repetidas naturalmente no Evangelho segundo São João (XV, 1); "Eu sou a verdadeira videira, e o meu Pai é o agricultor." No Gênese (XLIX, 10-1), o moribundo Jacó é levado a dizer: "Não se tirará o cetro de Judah [os filhotes de leão], nem general que proceda de sua coxa, até que venha Shiloh... Amarrando à vinha, o seu jumento e o chicote do seu jumento na vinha escolhida; ele lavou as suas vestes no vinho, e o seu manto no sangue das uvas". Shiloh é o "Rei Messias" assim como o Shiloh de Efraim, que se tornou a sede e o lugar do santuário. No Targum de Onkelos, o babilônio, lê-se as palavras de Jacó: "Até que venha o Rei Messias". A profecia falhou, tanto no sentido cristão, como no judaico-cabalista. O cetro partiu de Judah, quer o Messias há tenha vindo ou esteja por vir, a menos que acreditemos, como os cabalistas, que Moisés foi o primeiro Messias, que transferiu a sua alma para Joshua - Jesus. (Devemos lembrar ao leitor, a esse propósito, que Josué e Jesus são um único e mesmo nome. Nas Bíblias eslavas Josué lê-se - Iessus (ou Jesus) Navin.)

Hermes diz: "E, no meio da planície ele me mostrou uma grande pedra branca que aparecera na planície, e a rocha era mais alta que as montanhas, retangular de forma a poder sustentar o mundo inteiro; mas aquela rocha era velha, tendo um portão esculpido nela, e a escultura do portão me parecia recente". No Zoar, nós encontramos: "Para 40.000 mundos superiores o branco do crânio de Sua Cabaça (do mais Sagrado Ancestral in abscondito) se estende... Quando Zeir [a primeira reflexão e imagem do seu Pai, o Secular dos Seculares] abrir, através do mistério dos setenta nomes de Metratron, descendo em Yetzîrah (o terceiro mundo), um novo portão... o Spiritus Decisorius cortará e dividirá as vestes (Shekinah) em duas partes... Na vinda do Rei Messias, da sagrada pedra cúbica do Templo uma luz branca surgirá durante quarenta dias. Essa se expandirá, até encerrar o mundo inteiro... Nessa ocasião o Rei Messias permitirá a sua revelação e será visto saindo do portão do jardim de Odan [Éden]. Ele será revelado no país de Galil. Quando os pecados de Israel forem expiados, ele levará o povo através do novo portão para o lugar do julgamento. "No Portão da Casa da Vida, o trono está preparado para o Senhor do Esplendor."

E, "Esta pedra e este portão são o Filho de Deus. `Como, Senhor', eu disse, à pedra é velha e o portão é novo?' Ouça', Ele disse, `e entenda, ó homem ignorante. O Filho de Deus é mais velho que toda a Sua criação, assim, foi o conselheiro do Pai em Sua obra de criação; e por isso ele é velho'".

Ora, essas duas afirmativas não são apenas puramente cabalísticas, sem nem mesmo uma mudança de expressão, mas são igualmente bramânicas e pagãs. "Vidi virum excellentem, coeli terraeque conditore natu majorem. ... Eu vi o mais excelente (superior) HOMEM, que é mais velho por nascimento que o criador do céu e da Terra", diz o Codex cabalista. O Dionísio Eleusiano, cujo nome particular era Iacchos (Iaccho, Iahoh) - o Deus de quem se esperava a liberação das almas - era considerado mais velho que o Demiurgo. Nos mistérios de Anthesteria e Limnae (os lagos), depois do costumeiro batismo pela purificação com água... os Mystae eram induzidos a passar através de outra porta (portão), um portão específico para esse propósito, que era chamado de "portão de Dionísio" e "portão dos purificados".

No Zohar, conta-se aos cabalistas que o mestre de obras, o Demiurgo, disse ao Senhor: "Deixe-nos fazer o homem à Sua imagem". Nos textos originais do primeiro capítulo do Gênese, está: "E o Elohim (traduzido como o Supremo Deus), que era o mais elevado dos deuses e dos poderes, disse: Deixe-nos fazer o homem à nossa (?) imagem, segundo a nossa semelhança". Nos Vedas, Brahmâ se aconselhou com Parabrahman, sobre o melhor modo de criar o mundo.

Citando Hermes, Cônego Westcott, mostra-o perguntando: "e por que o portão é novo, Senhor?" eu disse. Ele respondeu: "porque ele foi manifestado no último dia da Providência; por essa razão o portão novo foi feito, a fim de que, os que forem salvos, possam entrar no reino de Deus".

Neste trecho há duas particularidades dignas de nota. Para começar, ele atribui ao "Senhor" uma afirmação falsa, do mesmo caráter daquela enfatizada pelo apóstolo João e que trouxe, num período posterior, tantas disputas inconvenientes à totalidade dos ortodoxos cristão, que aceitavam literalmente as alegorias apostólicas. Como o Messias, Jesus não foi manifestado no último dos dias; pois o último estava ainda por chegar, contrariando um grande número de profecias divinamente inspiradas, seguidas consequentemente de esperanças frustradas, do testemunho de sua vinda imediata. A crença de que os "últimos dias" viessem, era natural, uma vez que a vinda do Messias fosse conhecida. A segunda peculiaridade é encontrada no fato de que a profecia não poderia ser aceita, pois mesmo em sua determinação aproximada ela constitui uma contradição direta de Marcos, que fez com que Jesus atestasse distintamente que nem os anjos, nem o próprio Filho, conheciam tal dia e tal hora. A isso podemos aduzir, que como a crença inegavelmente se originou com o Apocalipse, isso deveria ser uma prova evidente por si mesma, de que isso pertence aos cálculos peculiares dos cabalistas e dos santuários pagãos. Foi o cômputo secreto de um ciclo, que, de acordo como o seu cálculo, deveria se encerrar na parte final do primeiro século. Também deve ser aceito como prova concludente, o fato de que o Evangelho segundo São Marcos, bem como o atribuído a João, e o Apocalipse, foram escritos por homens, nenhum dos quais estava bastante familiarizado com o outro. Primeiramente, o Logos foi definido definitivamente como petra (rocha) por Fílon; a palavra, além disso, como mostraremos em outro lugar do livro, significa na língua dos caldeus e dos fenícios "intérprete". Justino, o Mártir, o chama em suas obras de "anjo" e faz uma nítida distinção entre o Logos e o Criador. "A Palavra de Deus é Seus Filho... e ele também é chamado Anjo e Apóstolo, pois declara tudo o que devemos saber (interpretar), e é enviado para declarar tudo o que está à vista."

"Aedan Inferior é distribuído em seus próprios caminhos, em trinta e duas margens de caminhos, embora ainda não sejam conhecidas de ninguém exceto de Zeis. Mas ninguém conhece o AEDAN SUPERIOR nem Seus caminhos, exceto o Face Longa" - o Deus Supremo. Zeir é o gênio nazareno que é chamado Hibil-Ziwa, e Gabriel Legatus - também de "apóstolo Gabriel". Os Nazarenos sustentavam, aos lado dos cabalistas, que mesmo o Messias que tinha de vir não conhecia o "Aedar Superior", a Divindade oculta; ninguém a conhecia exceto o Deus Supremo. Dessa forma, mostrou que acima da Suprema Divindade Inteligível, há uma ainda mais secreta e não revelada. Zeir-Anpîn é o terceiro Deus, enquanto o "Logos", segundo Fílon, o Judeu, é o segundo. Isso é revelado nitidamente no Codex. "O falso Messias dirá: Eu sou Deus, filho de Deus, meu Pai me enviou para cá. Eu sou o primeiro Legate, eu sou Hibil-Ziwa, eu vim do alto! Mas desconfie dele; pois ele não será Hibil-Ziwa, Hibil-Ziwa não permitirá que o vejam nesta era." Daí o fato da crença de muitos gnósticos, de que não foi Hibil-Ziwa (o Arcanjo Gabriel) quem "ofuscou" Maria, porém Ialdabaôth (o criador do mundo), que formou o "corpo material de Jesus; Cristo se uniu a essa corpo, apenas na hora do batismo, no rio Jordão.

Podemos duvidar da afirmação de Nork, segundo a qual "o Berêshîth Rabbah, a parte mais antiga do Midrah Rabboth, era conhecido dos padres da Igreja numa tradução grega"?

Mas se, por um lado, eles estavam suficientemente familiarizados com os diferentes sistemas religiosos de seus vizinhos a ponto de erigirem uma nova religião que se pretendia ser distinta de todas as outras, sua ignorância do Velho Testamento, deixando de lado a questão mais complicada da metafísica grega, parece-nos hoje deplorável. "Assim, por exemplo, em Mateus, XXVII, 9 e s., a passagem oriunda de Zacarisas, XI, 12, 13, é atribuída a Jeremias", diz o autor de Supernatural Religion. "Em Marcos I, 2, uma citação de Malaquias, III, 1, é atribuída a Isaías. Em I Coríntios, II, 9, uma passagem citada como Escritura Sagrada não se encontra no Velho Testamento, sendo tomada, como afirmam Orígenes e Jerônimo, de uma obra apócrifa, A Revelação de Elias, sendo esta passagem de igual modo citada pela chamada Primeira Epístola de Clemente aos Coríntios (XVI, 8)," Quando se pode confiar nos piedoso padres em suas explicações de diversas heresias podemos ilustrá-lo no caso de Epifânio, que tomou erroneamente a Tétrada sagrada de Pitágoras, chamada na Gnose valentiana de Kol-Arbas, por um chefe herético. O que devemos pensar das fraudes involuntárias e das falsificações deliberadas dos ensinamentos daqueles cujas concepções diferiram das deles; a canonização da Aura Placida (brisa gentil) mitológica; no par das mártires cristãs - Santa Aura e Santa Plácida; a deificação de uma lança e de uma capa, sob os nomes de São Longinus e Santo Amphibolus; e as citações dos profetas, que não se acham em nenhum profeta; e poderíamos muito bem

perguntar se a chamada religião de Cristo jamais foi outra coisa que não um delírio incoerente, desde a morte do Grande Mestre.

Tão maliciosos eram os santos padres em sua tenaz perseguição às pretensas "heresias", que os veremos contar, sem hesitação, as inverdades mais flagrantes, e inventar narrativas inteiras, no propósito de convencer os ignorantes com argumentos que de outro modo careceriam de qualquer base. Se o erro em relação à Tétrada teve origem, de início, como simples conseqüência de uma fraude não premeditada de Hipólito, as explicações de Epifânio e outros que caíram no mesmo erro absurdo têm uma aspeto mais inocente. Quando Hipólito denuncia gravemente a grande heresia da Tétrada, Kol-Arbas, e afirma que o imaginário chefe gnóstico é "Colarbasus, que tenta explicar a religião por medidas e números", podemos simplesmente rir. Mas quando Epifânio, com abundante indignação, elabora sobre o tema "que é a Heresia XV", e, pretendendo estar perfeitamente a par do assunto, acrescenta que "um certo Heracleon segue os passos de Colarbasus, o que é a Heresia XVI", então à acusação de fraude deliberada.

Se esse zeloso Cristão pode se vangloriar sem rubor de ter "feito exilar, graças à sua informação, setenta mulheres, mesmo de alta estirpe, por meio das seduções de almas que ele havia conseguido convencer a participar de sua seita", ele nos fornece boas razões para condená-lo. Assinala C. W. King, muito habilmente, a esse respeito, que "podemos suspeitar que esse digno renegado se salvou nesse caso do destino de seus companheiros de religião denunciando seus cúmplices, na abertura da perseguição".

E assim, um após outro, pereceram os gnósticos, únicos herdeiros dos poucos restos da verdade não adulterada do Cristianismo primitivo. Tudo era confusão e desordem nesses primeiros séculos, até o momento em que todos esses dogmas contraditórios foram finalmente impingidos ao mundo cristão, e a discussão foi proibida. Por vários séculos, tornou-se um sacrilégio, punível com severas penalidades, e mesmo com a morte, procurar compreender aquilo que a Igreja havia tão convenientemente elevado ao nível de mistério divino. Mas como os cristãos bíblicos se havia devotado a "pôr a casa em ordem", os papéis foram invertidos. Os crentes pagãos acorrem agora de todas as partes do globo para reclamar o seu quinhão, e a Teologia cristã começa a ser suspeita de bancarrota. Tal é o triste resultado do fanatismo das seitas "ortodoxas", que, para emprestar uma expressão do autor de The History of the Decline and Fall of teh Roman Empire, jamais foram, como as gnósticas, "as mais polidas, as mais sábias e as mais dignas do nome cristão". E, se nem todos "sentissem o cheiro do alho", como Renan o disse, nenhum desses santos cristãos, por outro lado, jamais teria hesitado em derramar o sangue de seus vizinhos, se as concepções destes últimos não estivessem de acordo com as suas.

E assim todos os nossos filósofos foram arrastados pelas massas ignorantes e supersticiosas. Os filaleteus, os amantes da verdade, e sua escola eclética pereceram; e lá, onde a jovem Hipatia ensinava as doutrinas filosóficas superiores' e lá, onde Amônio Saccas explicara que "tudo o que Cristo tinha em mente era reinstalar e restaurar em sua primitiva integridade a sabedoria dos antigos - de pôr um limite ao domínio predominante da superstição (...) e exterminar os vásios erros que haviam se enraizado nas diferentes religiões populares". Não mais os preceitos saídos da boca do "filósofo instruído em Deus", mas outros expostos pela encarnação de uma superstição cruel e diabólica.

"Se teu pai" - escreve São Jerônimo - "se deita em tua porta, se tua mãe descobre a teu olhos e seio que te nutriu, esmaga o corpo sem vida de teu pai, esmaga o seio de tua mãe, e, com os olhos secos, refugia-te no Senhor que te chama"!!

Essa sentença é igualada, se não superada, por esta outra, pronunciada num espírito semelhante. Ela emana de outro pai da Igreja primitiva, o eloqüente Tertuliano, que espera ver todos os "filósofos" no fogo infernal do Gehena. "Como seria magnífica essa cena! (...) como eu riria! Como eu regozijaria! Como eu triunfaria ao ver tantos reis ilustres que passam por ter subido ao céu gemendo com Júpiter, seu deus, nas trevas inferiores do inferno! Queimariam então os soldados que perseguiram o nome de Cristo num fogo mais cruel do que aquele que acenderam para os santos!"

Essas expressões sanguinárias ilustram o espírito do Cristianismo até o presente. Mas ilustram elas os ensinamentos de Cristo? De modo algum. Como diz Éliphas Lévi: "O Deus em nome do qual esmagaríamos o seio de nossa mãe, nós o veremos no futuro, um inferno largamente aberto a seu pés, e uma espada exterminadora em suas mãos (...) Moloch queimava as crianças por apenas uns poucos segundos; estava reservado aos discípulos de um deus que se pretendia ter morrido para redimir a Humanidade na cruz, criar um novo Moloch cuja pira é eterna!"

 

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