Para cumprir nosso dever no plano divino devemos tentar entender não só este plano como um todo, mas a parte especial que o homem é designado para desempenhar nele. O sopro divino atinge sua imersão mais funda na matéria no reino mineral, mas alcança seu ponto extremo de diferenciação não no nível mais baixo de materialidade, mas na entrada no reino humano no arco ascendente da evolução. Devemos assim distinguir três estágios no curso desta evolução:
a. O arco descendente no qual a tendência é para a diferenciação e também para maior materialidade. Neste estágio o espírito está se envolvendo na matéria, a fim de que possa aprender a receber impressões através dela.
b. A primeira parte do arco ascendente, na qual a tendência é ainda para maior diferenciação, mas ao mesmo tempo para a espiritualização e fuga da materialidade. Neste estágio o espírito está aprendendo a dominar a matéria e a vê-la como uma expressão de si mesmo.
c. A última parte do arco ascendente, quando a diferenciação finalmente se completou, e a tendência é para a unidade bem como para maior espiritualidade. Neste estágio o espírito, tendo aprendido perfeitamente como receber impressões através da matéria e como expressar-se através dela, e tendo despertado seus poderes latentes, aprende a usar estes poderes corretamente a serviço da Deidade.
O objetivo de toda a evolução prévia foi o de produzir o Ego como uma manifestação da Mônada. Então o Ego por sua vez evolui projetando-se para baixo em uma sucessão de personalidades. Os homens que não entendem isto vêem a personalidade como o Eu [ self, no original – N.T. ], e por conseguinte vivem só para si, e tentam regular suas vidas pelo que parece ser sua vantagem temporária. O homem que entende percebe que a única coisa importante é a vida do Ego, e que seu progresso é o objetivo para o qual a personalidade temporária deve ser usada. Portanto quando ele tem de decidir entre dois caminhos possíveis ele não pensa, como o homem comum poderia: “Qual traria o maior prazer e proveito para mim como personalidade?”, mas “Qual traria o maior progresso para mim como um Ego?” A experiência cedo lhe ensina que nada jamais pode ser realmente bom para ele, ou para qualquer um, se não for bom para todos, e assim logo ele aprende a esquecer completamente de si mesmo, e procurar apenas o que seja o melhor para a humanidade como um todo.
Claramente então neste estágio tudo que tende para a unidade, tudo que tende para a espiritualidade, está de acordo com o plano da Deidade para nós, e portanto é correto para nós, enquanto que tudo o que tende à separatividade ou materialidade é com certeza igualmente errado para nós. Há pensamentos e emoções que tendem à unidade, como o amor, a simpatia, a reverência, a benevolência; há outros que tendem para a desunião, como o ódio, ciúme, inveja, orgulho, crueldade, medo. Obviamente o primeiro grupo para nós é o certo, e o outro grupo, o errado.
Em todos estes pensamentos e sentimentos que são claramente errados, reconhecemos uma nota dominante, o pensamento egoísta; enquanto que em todos que são claramente certos reconhecemos que o pensamento é voltado para os outros, e que o eu pessoal é esquecido. Donde vemos que o egoísmo é o único grande erro, e que o perfeito altruísmo é a coroa de toda a virtude. Isto nos dá uma de imediato regra de vida. O homem que deseja cooperar inteligentemente com a Vontade Divina deve deixar de lado todo o pensamento de vantagem ou prazer para o eu pessoal, e deve devotar-se exclusivamente ao cumprimento daquela Vontade através do trabalho para o bem-estar e felicidade dos outros.
Este é um ideal elevado, e difícil de atingir, porque há atrás de nós uma longa história de egoísmo. A maioria de nós está ainda longe da atitude puramente altruísta; como trabalharemos para conseguí-la, carecendo como estamos da necessária intensidade em tantas das boas qualidades, e possuindo tantas que são indesejáveis?
Aqui entra em operação a grande lei de causa e efeito a que já me referi. Assim como podemos apelar confiantes para as leis da Natureza no mundo físico, também podemos apelar para estas leis do mundo superior. Se encontramos más qualidades em nós, elas devem ter crescido gradualmente através da ignorância e auto-indulgência. Agora que a ignorância foi dissipada pelo conhecimento, agora que em conseqüência reconhecemos uma qualidade como má, o método de a vencermos ressalta nítido diante de nós.
Para cada um destes vícios há uma virtude contrária; se encontramos um deles se exaltando em nós, de imediato determinemo-nos deliberadamente a desenvolver em nós a virtude contrária. Se um homem percebe que no passado ele tem sido egoísta, isso significa que ele construiu em si o hábito de primeiro pensar em si e agradar-se, de consultar sua própria conveniência ou seu prazer sem a devida reflexão sobre seu efeito nos outros; que se disponha a trabalhar intencionalmente para formar exatamente o hábito oposto, estabelecer uma prática de antes de fazer qualquer coisa pensar como isso afetaria todos em seu redor; que se habitue a agradar os outros, mesmo que seja ao preço de problemas ou privação para si mesmo. Também isso com o tempo se tornará um hábito, e com seu desenvolvimento ele terá matado o vício.
Se um homem se encontra cheio de desconfiança, pronto para atribuir motivos perversos para as ações daqueles à sua volta, que se proponha a constantemente cultivar a confiança em seus companheiros, a dar-lhes crédito sempre pelos motivos mais elevados possíveis. Pode ser dito que um homem que faz isso sujeita-se a ser enganado, e que em muitos casos sua confiança será desperdiçada. Isso é de somenos importância; é muito melhor para ele que algumas vezes seja enganado como resultado de sua confiança em seus companheiros do que prevenir-se de tal engano mantendo uma constante atitude de suspeita. Além disso, a confiança engendra a fidelidade. Um homem que é afiançado geralmente prova-se digno da confiança, enquanto que um homem que é posto sob suspeita logo vem a justificar tal desconfiança.
Se um homem encontra em si a tendência à avareza, que saia deste caminho sendo especialmente generoso; se se encontra irritável, que definitivamente adestre-se na calma; se está devorado pela curiosidade, que deliberadamente recuse sempre e sempre gratificar tal curiosidade; se é predisposto à depressão, que com persistência cultive a jovialidade, mesmo sob as mais adversas circunstâncias.
Todo o caso de existência de uma qualidade má na personalidade significa a falta da boa qualidade correspondente no Ego. O caminho mais curto para sobrepujar aquele mal e evitar seu reaparecimento é preencher a lacuna no Ego, e a boa qualidade que assim for desenvolvida se mostrará como uma parte integral do caráter do homem através de todas as suas futuras vidas. Um Ego não pode ser mau, mas pode ser imperfeito. As qualidades que ele desenvolve não podem ser outras que não boas qualidades, e quando elas estão bem definidas se apresentam em todas as suas numerosas personalidades, e assim aquelas personalidades jamais podem ser culpadas dos vícios opostos àquelas qualidades; mas onde houver uma lacuna no Ego, onde houver uma qualidade subdesenvolvida, não há nada inerente na personalidade que obste o crescimento do vício oposto; e se outros no mundo em seu redor já possuírem este vício, e sendo o homem um animal imitador, é muito provável que ele prontamente o manifeste em si. Este vício, entretanto, pertence aos veículos somente e não ao homem interior. Nestes veículos sua repetição pode ter estabelecido uma tendência [ momentum no original – N.T.] que é difícil de conquistar; mas se o Ego determinar-se em criar em si a virtude oposta, o vício é cortado pela raiz, e já não pode perdurar – nem nesta vida nem em todas as vidas que hão de vir.
Um homem que estiver tentando desenvolver estas qualidades em si encontrará certos obstáculos em seu caminho – obstáculos que ele deve aprender a ultrapassar. Um deles é o espírito crítico desta época – a disposição de encontrar defeitos a troco de nada, de menosprezar tudo, de procurar por falhas em tudo, e em todos. O exato oposto disso é o que é necessário para o progresso. Quem desejar mover-se rapidamente na senda da evolução deve aprender a ver o bem em tudo – ver a Deidade latente em tudo e em cada um. Só assim ele poderá ajudar as outras pessoas – só assim ele poderá extrair o melhor de todas as coisas.
Um outro obstáculo é a falta de perseverança. Tendemos nestes dias a ser impacientes; se tentamos qualquer plano esperamos resultados imediatos dele, e se não os obtemos, desistimos daquele plano e tentamos algum outro. Este não é o modo de fazer progressos no ocultismo. O esforço que estamos fazendo é o de concentrar em uma ou duas vidas a evolução que normalmente talvez levasse uma centena de vidas. Este não é o tipo de empreitada na qual resultados imediatos devam ser esperados. Tentamos extirpar um mau hábito, e achamos isso um trabalho árduo; por quê? Porque houvemos condescendido naquela prática por, talvez, vinte mil anos; ninguém pode extirpar um costume de vinte mil anos em um dia ou dois. Permitimos que aquele hábito ganhasse enorme energia[ momentum, no original – N.T.] e antes que possamos estabelecer uma força na direção oposta temos que sobrepujar essa energia. Isto não pode ser feito num instante, mas é absolutamente certo que será conseguido mais tarde, se perseverarmos, porque a energia, por mais forte que seja, é uma qualidade finita, enquanto que o poder que podemos atrair para contrapor-lhe é o poder infinito da vontade humana, que pode renovar esforços dia após dia, ano após ano, e mesmo vida após vida, se necessário.
Uma outra dificuldade em nosso caminho é a falta de clareza em nosso pensamento. As pessoas no Ocidente estão pouco acostumadas a pensar claramente sobre questões religiosas. Tudo é vago e nebuloso. Para o desenvolvimento oculto a imprecisão e nebulosidade não funcionam. Nossas concepções devem ser claramente delineadas e nossas imagens-pensamento definidas. Outras características necessárias são a tranqüilidade e jovialidade; estas são raras na vida moderna, mas são absolutamente essenciais para o trabalho que estamos aqui empreendendo.
O processo de construir um caráter é tão científico como o de desenvolver os músculos. Muitos homens, encontrando em si certos músculos flácidos e fracos tomam isso como sua condição natural, e consideram sua fraqueza uma espécie de destino imposto sobre si; mas quem quer que entenda um pouco do corpo humano está ciente de que com exercício continuado aqueles músculos podem ser trazidos a um estado de saúde e todo o corpo eventualmente posto em ordem. Exatamente do mesmo modo, muitos homens se encontram possuidores de um mau temperamento ou uma tendência para a avareza ou desconfiança ou auto-indulgência, e quando em conseqüência de qualquer destes vício ele comete algum grande erro ou faz alguma grande maldade, apresenta como excusa o fato de ele ser um homem temperamental, ou que possui esta ou aquela qualidade por natureza – implicando que portanto não pode modificar-se.
Neste caso como no outro o remédio está em suas próprias mãos. Exercício regular do tipo certo desenvolverá certo músculo, e exercício mental regular do tipo correto desenvolverá uma qualidade ausente no caráter do homem. O homem comum não percebe que pode fazer isso, e mesmo se vê que pode, não vê por que deveria, pois isso significa muito esforço e muita auto-repressão. Ele não conhece nenhum bom motivo para empreender uma tarefa tão laboriosa e dolorosa.
O motivo é dado pelo conhecimento da verdade. Quem consegue uma inteligente compreensão da direção da evolução a sente não só como de seu interesse mas também como seu privilégio e seu deleite cooperar com ela. Quem quer o fim quer também os meios; a fim de se tornar capaz de fazer um bom trabalho para o mundo deve desenvolver em si a força e qualidades necessárias. Portanto quem deseja reformar o mundo deve antes de tudo reformar a si mesmo. Ele deve aprender a desistir de toda a atitude que insiste em direitos, e deve devotar-se completamente ao mais aplicado desempenho dos seus deveres. Ele deve aprender a ver cada ligação com seus semelhantes como uma oportunidade de ajudar aquele companheiro, ou de algum modo fazer-lhe o bem.
Quem estudar estes assuntos inteligentemente não pode senão perceber o tremendo poder do pensamento, e a necessidade de seu eficiente controle. Toda a ação brota do pensamento, pois mesmo quando é feita, por assim dizer, sem pensarmos, é a expressão instintiva dos pensamentos, desejos e sentimentos que o homem permitiu crescerem luxuriantes em si em dias passados.
O homem sábio, portanto, vigiará seu pensamento com o maior cuidado, pois nele possui um maravilhoso instrumento, por cujo uso correto é responsável. É seu dever governar seu pensamento, impedindo que corra desenfreado fazendo mal a si mesmo e aos outros; é seu dever ainda desenvolver o poder de seu pensamento, porque por seu intermédio uma vasta quantidade de bem ativo e real pode ser feito. Assim controlando seu pensamento e sua ação, assim eliminando de si todo o mal e desenvolvendo em si todas as boas qualidades, o homem logo se eleva muito acima do nível de seus companheiros, e permanece conspicuamente entre eles como alguém que está trabalhando no lado do bem e contra o mal, no da evolução e contra a estagnação.
Os membros da grande Hierarquia em cujas mãos está a evolução do mundo estão sempre procurando por homens assim a fim de que possam treiná-los para ajudar no trabalho maior. Um tal homem inevitavelmente atrairá Sua atenção e Eles começarão a usá-lo como um instrumento em Sua obra. Se ele provar-se um instrumento bom e eficiente, logo Eles lhe oferecerão um treinamento definido como aprendiz, para que possa auxiliá-Los nos negócios do mundo que Eles têm que fazer para que possa algum dia se tornar mesmo como Eles são, e unir-se à poderosa Fraternidade a que pertencem.
Mas para uma honra tão grande como esta a mera bondade comum não basta. Na verdade, um homem deve ser, primeiro de tudo, bom, ou será inútil esperar que o usem, mas além de ser bom ele deve ser sábio e forte. O que é preciso não é meramente um homem bom, mas um grande poder espiritual. Não só o candidato deve descartar toda a fraqueza normal mas deve ter adquirido fortes qualidades positivas antes que possa oferecer-se a Eles com alguma esperança de ser aceito. Ele deve viver não mais como uma personalidade estouvada e egoísta, mas como um Ego inteligente que compreende a parte que tem de desempenhar no grande esquema do universo. Ele deve ter esquecido de si completamente; ele deve ter desistido de todo pensamento de proveito ou prazer ou progresso mundanos; ele deve desejar sacrificar tudo, e a si mesmo em primeiro lugar, pelo bem do trabalho que tem de ser feito. Ele pode estar no mundo, mas não deve ser do mundo. Ele deve ser completamente imune à sua opinião. Por amor de ajudar os homens ele deve fazer-se algo mais que homem. Radiante, jubiloso, forte, ele deve viver apenas para o bem dos outros e para ser uma expressão do amor de Deus no mundo. Um alto ideal, mas não alto demais; possível, porque há homens que já o atingiram.
Quando um homem conseguiu desdobrar suas faculdades latentes o bastante para atrair a atenção dos Mestres da Sabedoria, um d´Eles provavelmente o receberá como aprendiz probacionário. O período de provação usualmente é de sete anos, mas pode ser encurtado ou prolongado conforme a consideração do Mestre. No fim deste período, se seu trabalho tiver sido satisfatório, ele se torna o que é comumente chamado de discípulo aceito. Isto o põe em estreita ligação com seu Mestre, para que as vibrações deste constantemente atuem sobre ele, e ele gradualmente aprenda a ver tudo como o Mestre vê. Após um outro período, se ele provar-se inteiramente digno, ele pode ser trazido a uma relação ainda mais próxima, quando dizemos que ele se torna filho do Mestre.
Estes três estágios marcam sua relação só com seu próprio Mestre, não com a Fraternidade como um todo. A Fraternidade admite um homem em suas fileiras somente quando ele primeiro preparou-se para passar pela primeira das grandes Iniciações.
Esta entrada na Fraternidade d´Aqueles que governam o mundo pode ser imaginada como o terceiro dos três grandes pontos críticos na evolução do homem. O primeiro deles é quando ele se torna um homem – quando se individualiza e sai do reino animal e obtém um corpo causal. O segundo é o que os Cristãos chamam de “conversão”, e os Hindus “aquisição de discernimento”, e os Budistas “abertura das portas da mente”. Este é o ponto em que ele compreende os grandes fatos da vida, e abandona a busca de objetivos egoístas a fim de mover-se intencionalmente ao longo da grande corrente de evolução em obediência à Vontade Divina. O terceiro ponto é o mais importante de todos, pois a Iniciação que o admite nas fileiras da Fraternidade também o salva da possibilidade de falhar no propósito divino eventualmente designado para ele. Por isso os que atingiram este ponto são chamados no sistema Cristão de “eleitos”, ou “salvos”, e no esquema Budista “aqueles que entraram na corrente”. Pois aqueles que atingiram este ponto tornaram-se absolutamente seguros de chegar a um outro ponto ainda além – o do Adeptado, no qual passarão para um tipo de evolução que é definitivamente super-humano.
O homem que se tornou um Adepto cumpriu a Vontade Divina até onde interessa a esta cadeia de mundos. Ele atingiu, já no ponto médio do éon evolutivo, o estágio previsto para o atingimento humano só no fim do éon. Portanto ele é livre para preencher o tempo restante seja ajudando seus semelhantes ou mesmo em um trabalho mais esplêndido em conexão com outras e mais elevadas evoluções. Quem ainda não foi iniciado ainda corre o risco de ser deixado para trás por nossa presente onda evolutiva, caindo na próxima – a “condenação eônica” de que Cristo fala, que tem sido traduzida erroneamente como “condenação eterna”. É deste destino de possível falha eônica – isto é, uma falha durante esta era, ou dispensação, ou onda de vida – que o homem que obtém a Iniciação é “salvo”. Ele terá “entrado para a corrente” que agora deve conduzí-lo ao Adeptado nesta presente era, ainda que lhe seja possível por suas ações apressar ou retardar seu progresso na Senda que está trilhando.
Esta primeira Iniciação corresponde à matrícula que admite um homem numa universidade, e a obtenção do Adeptado à colação de grau no final do curso. Continuando o paralelo, existem três exames intermediários, que usualmente chamamos de segunda, terceira e quarta Iniciações, sendo o Adeptado a quinta. Uma idéia geral da linha desta evolução superior pode ser obtida pelo estudo da lista do que são chamados nos livros Budistas como “os grilhões” que devem ser eliminados – as qualidades de que um homem deve se livrar ao trilhar a Senda. São elas: a ilusão da separatividade; dúvida ou incerteza; superstição; apego ao prazer; possibilidade de ódio; desejo por vida, seja neste ou em mundos superiores; orgulho; agitação ou irritabilidade; e ignorância. O homem que chega ao nível de Adepto esgotou todas as possibilidades de desenvolvimento moral, e assim a evolução futura que se abre diante dele pode apenas significar mais amplo conhecimento e poderes espirituais ainda mais estupendos.