Chakras

Enviado por Estante Virtual em seg, 12/12/2011 - 19:40

A palavra Chakra é sânscrita e significa, literalmente, uma roda ou disco giratório. É usada para classificar o que amiúde se chama Centros-de-Força do homem. Há desses Chakras em todos os veículos do homem, e são pontos de conexão pelos quais a força flui de um veículo para outro. Estão ainda intimamente associados com os poderes dos sentidos dos vários veículos.

Os Chakras do corpo etérico são amplamente descritos em O Duplo Etérico, e os estudantes devem recorrer a esse livro porque um estudo dos Chakras etéricos os ajudará a compreender os Chakras astrais.

Os Chakras etéricos estão situados na superfície do duplo etérico e são habitualmente indicados pelo nome do órgão físico ao qual correspondem.

São eles:

  1. Chakra da base da espinha.
  2. Chakra do umbigo.
  3. Chakra do baço.
  4. Chakra do coração.
  5. Chakra da garganta.
  6. Chakra de entre os olhos.
  7. Chakra do alto da cabeça.

Há também três chakras inferiores, mas estes são usados apenas em certas escolas de “magia negra” e aqui não nos interessam.

Os Chakras astrais, que estão freqüentemente no interior do duplo etérico, são vórtices em quatro dimensões ( ver capítulo XVIII), tendo assim uma extensão em direção bastante diferente dos etéricos, nem por isso são limítrofes com eles, embora alguma parte seja sempre coincidente.

Os chakras astrais recebem os mesmos nomes dos do duplo etérico, e suas funções são as seguintes:

1. Chakra da base da espinha – Este é o sítio da Serpente de Fogo, Kundalini, a força que existe em todos os planos e por meio da qual todos os demais Chakras são ativados.

Originalmente, o corpo astral era uma massa quase inerte, possuindo apenas a mais vaga das consciências, sem poder definido para coisa alguma e sem um conhecimento nítido do mundo que o cercava. A primeira coisa que aconteceu foi o despertar de Kundalini no nível astral.

2. Chakra do umbigo, - Kundalini, tendo sido despertado no primeiro Chakra, move-se para o Chakra do umbigo, que é vivificado, despertando assim no corpo astral o poder de sentir – uma sensibilidade a todo tipo de influências, embora ainda sem nada bem definido como a compreensão que vem do ver e ouvir.

3. Chakra do baço – Kundalini passa, então, ao Chakra do baço e, através dele, vitaliza todo o corpo astral, sendo uma das funções desse Chakra a absorção de Prana, a Força Vital, que também existe em todos os planos. A vivificação do Chakra do baço capacita o homem a viajar em seu corpo astral, conscientemente, embora apenas com uma vaga concepção daquilo que encontra em suas viagens.

4. Chakra do coração – Este Chakra permite ao homem compreender e simpatizar com as vibrações de outras entidades astrais, de uma forma que o leva a compreender instintivamente seus sentimentos.

5. Chakras da garganta.- Este Chakra confere no mundo astral, o poder que corresponde à audição no mundo físico.

6. Chakra entre os olhos. – Este Chakra confere o poder de perceber, com precisão, a forma e a natureza dos objetos astrais, em lugar de apenas vagamente ter a sensação de sua presença.

Associado com este Chakra aparece também o poder de aumentar à vontade as mais diminutas partículas físicas ou astrais para qualquer tamanho desejado, como por um microscópio. Esse poder capacita o pesquisador oculto a perceber e estudar moléculas, átomos etc. O domínio completo dessa faculdade, contudo, pertence mais ao corpo causal.

O poder inerente aos siddhis,descrito nos livros orientais como “o poder de tornar-se grande ou pequeno, à vontade”. A descrição é apropriada, porque o método empregado é o de usar um mecanismo visual temporário, de inconcebível pequenez. Inversamente, para minimizar a visão, entra em uso a construção de um mecanismo visual imensamente grande.

O poder de aumentar é muito distinto da faculdade de funcionar em plano mais elevado, tal como o poder de um astrônomo para observar planetas e estrelas é bem diferente da capacidade para se mover ou funcionar entre eles.

Nos sutras hindus se diz que a meditação em certa parte da língua conferirá visão astral. A declaração é um “venda”, pois a referência alude ao corpo pituitário, situado exatamente acima dessa parte da língua.

7. Chakra do alto da cabeça. – Esse Chakra completa e remata a vida astral, dotando o homem com a perfeição de suas faculdades.

Parece haver dois métodos nos quais este Chakra trabalha.

Em um tipo de homem, contudo, embora o sexto Chakra fique ainda ligado ao corpo pituitário, sendo este corpo para tal tipo, praticamente, o único vínculo direto entre o plano físico e os planos mais elevados.

Em outro tipo de homem, contudo, embora o sexto Chakra fique ainda ligado ao coro pituitário, o sétimo Chakra é curvado ou inclinado até que seu vórtice coincida com a glândula pineal. Em pessoas desse tipo a glândula pineal é assim vivificada e posta em linha de comunicação diretamente com o mental inferior, sem aparentemente passar através do plano astral intermediário, como é a forma comum.

No corpo físico, como sabemos, há órgãos especializados para cada sentido: os olhos, para ver; os ouvidos, para ouvir; e assim por diante. No campo astral, entretanto, não é esse o caso.

As partículas do corpo astral estão fluindo e girando constantemente, como as da água fervente: em conseqüência, não há partículas especiais que permaneçam continuamente em qualquer dos Chakras. Pelo contrário, todas as partículas do corpo astral passam através de cada um dos Chakras.

Cada Chakra tem a função de despertar um certo poder de resposta nas partículas que fluem nele; um dos Chakras faz isso com o poder da visão, outro com a audição, e assim por diante.

Conseqüentemente, nenhum dos sentidos astrais está, estritamente falando, localizado ou confinado a qualquer parte do corpo astral. É, antes, o conjunto das partículas do corpo astral que possui o poder de resposta. Um homem que desenvolveu visão astral usa portanto qualquer parte da matéria de seu corpo astral para ver, e assim pode ver igualmente os objetos que estão à frente, atrás, acima, abaixo e de ambos os lados. O mesmo se dá com todos os outros sentidos. Em outras palavras: os sentidos astrais estão ativos em todas as partes do corpo.

Não é fácil descrever o substituto da linguagem por meio da qual as idéias são astralmente comunicadas. O som, no sentido comum da palavra, não é possível no mundo astral – não é possível, aliás, mesmo na parte mais alta do mundo físico. Não seria correto dizer que a linguagem do mundo astral é a transferência de pensamento: o Maximo que se poderia dizer é que se trata da transferência de pensamento formulada de maneira particular.

No mundo mental, um pensamento é instantaneamente transmitido à mente de outro sem qualquer forma de palavras; portanto, nesse mundo, a linguagem não é o que importa, absolutamente. Mas a comunicação astral fica, por assim dizer, a meio caminho entre a transferência de pensamento do mundo mental e a fala concreta do mundo físico, e ainda é necessário, portanto, que as duas partes tenham uma linguagem em comum.

Os Chakras etéricos e astrais estão em correspondência muito intima, mas entre eles e interpenetrando-os de uma forma que não se pode descrever prontamente há um invólucro ou teia de textura apertadamente tecida, composta de uma camada de átomos físicos muito comprimidos e impregnados de uma forma especial de Prâna. A vida divina, que desce normalmente do corpo astral para o corpo físico, é adaptada para passar com muita facilidade através dessa proteção, que é, contudo, uma barreira absoluta para todas as forças que não podem usar a matéria atômica de ambos os planos. A teia é uma proteção natural para evitar uma abertura prematura de comunicação entre os planos, desenvolvimento que a nada pode levar, a não ser a prejuízo.

É isso que normalmente impede a recordação clara da vida no sono, e que causa, também, a inconsciência momentânea que sempre ocorre por ocasião da morte. Se não fosse por esse dispositivo, o homem comum poderia, a qualquer momento, ser levado por qualquer entidade astral a submeter-se à influência de forças que não teria a possibilidade de enfrentar. Estaria exposto a obsessão por parte de entidades astrais desejosas de se apoderarem de seus veículos.

A teia pode ser danificada de várias maneiras:

1. Um grande choque no corpo astral, por exemplo, um pavor suor pode dilacerar essa delicada membrana e, tal como se diz habitualmente, levar o homem à loucura.

Uma tremenda explosão de cólera também pode produzir o mesmo efeito, tal como pode faze-lo qualquer outra emoção forte de um caráter mau, o que produz uma espécie de erupção no corpo astral.

2. O uso de álcool e drogas narcóticas, inclusive o tabaco. Essas substâncias contêm matéria que, ao partir-se, volatiliza-se, uma parte dela passando do plano físico para o plano astral. Mesmo o chá e o café contêm essa matéria, mas só em quantidades infinitesimais, de forma que apenas o abuso deles, longamente mantido, produziria efeito.

Esses elementos correm através do Chakras em direção oposta àquela que deveriam tomar e, fazendo isso repetidamente, prejudicam seriamente a delicada teia, acabando por destruí-la.

Essa deterioração ou destruição pode ter lugar de duas formas, segundo o tipo de pessoa de que se trate e na proporção dos elementos citados em seus corpos, o etérico e o astral.

Em certo tipo de pessoa, a corrida da matéria volatilizada realmente queima a teia, deixando portanto a porta aberta para toda espécie de forças irregulares e más influências. Os que chegam a isso tombam no delirium-tremens, na obsessão, na insanidade.

Em outro tipo de pessoa, o elemento volátil, fluindo, de certas forma enrijece o átomo, de modo que sua pulsação é em grande parte detida e prejudicada, já não sendo capaz de ser vitalizada pelo tipo particular de Prana que os tece a fim de que formem uma teia. Isso resulta numa espécie de ossificação da teia, de forma que, em lugar de passar muita coisa de um plano para outro, teremos muito pouca passagem, seja de que espécie for. Essas pessoas tendem a um amortecimento de suas qualidades, o que dá como resultado um grosseiro materialismo, brutalidade, animalismo, a perda de todos os mais finos sentimentos e o poder de autodomínio.

Todas as impressões que passam de um plano para outro devem passar através do subplanos atômicos, mas quando o processo amortecedor tem lugar, infecciona não só outra matéria atômica, mas até a matéria do segundo e terceiro subplanos, de forma que a única comunicação entre o astral e o etérico vem dos subplanos mais baixos, nos quais apenas as influencias más e desagradáveis são encontradas.

A consciência do homem comum ainda não pode usar matéria atômica pura, seja ela física ou astral; portanto, normalmente, não há, para ele, possibilidade de comunicação consciente à vontade, entre os dois planos. A maneira apropriada de se obter isso está na purificação dos veículos, até que a matéria atômica esteja inteiramente vivificada em ambos, de modo que toda a comunicação entre os dois possa passar por esse caminho. Nesse caso a teia retém, em grau Maximo, sua posição e atividade e já não é barreira para a comunicação perfeita, ao mesmo tempo em que continua a evitar contato intimo com os indesejáveis subplanos inferiores.

3. A terceira forma pela qual a teia pode ser prejudicada é o que em linguagem espiritualista se chama “submeter-se a desenvolvimento”.

É bastante possível, e na verdade muito comum, que um homem tenha seus Chakras astrais bem desenvolvidos, de maneira que pode funcionar livremente no plano astral e ainda assim pode não recordar nada de sua vida astral quando retorna à consciência desperta. Trataremos mais apropriadamente desse fenômeno e de sua explicação no capítulo Sonhos.

 

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