A epístola dos hebreus trata do sacrifício do sangue

Submitted by Estante Virtual on Fri, 11/23/2012 - 18:41

A Epístola dos Hebreus trata do sacrifício do sangue. "Onde existe um testamento", diz o autor, "é necessária a morte do testador (...) Sem o derramamento de sangue não há remissão. E também: "Cristo não se atribui a glória de tornar-se sumo sacerdote; mas ele a recebeu daquele que lhe disse: Tu és o meu filho, HOJE EU TE GEREI (Hebreus, V, 5). Essa é uma clara inferência de que 1a., Jesus era considerado apenas à luz de um sumo sacerdote, como Melquisedeque - outro avatâra, ou encarnação de Cristo, de acordo com os Padres; e 2a., que o autor pensava que Jesus se havia tornado um "Filho de Deus" apenas no momento de sua iniciação pela água; portanto, que ele não havia nascido deus, nem havia sido fisicamente gerado por Ele. Todo iniciado da "última hora" se torna, pelo próprio fato de sua iniciação, um filho de Deus. Quando Máximo, o Efésio, iniciou o Imperador Juliano nos mistérios de Mithra, ele pronunciou, como fórmula usual do rito, o seguinte: "Por este sangue, eu te lavo de teus pecados. A Palavra do Supremo entrou em ti, e Seu Espírito doravante repousará sobre o RECÉM-NASCIDO do Deus Superior (...) Tu és o filho de Mithra". "Tu és o `Filho de Deus'", repetiram os discípulos após o batismo de Cristo. Quando Paulo sacudiu a víbora no fogo sem sofrer nenhum mal, o povo de Melita disse: "que ele era um deus" (Atos, XXVIII, 6). "Ele é o filho de Deus, o Belo!", essa a fórmula utilizada pelos discípulos de Simão Mago, pois pensavam reconhecer nele o "grande pode de Deus"

O homem não pode ter nenhum deus que não esteja limitado por suas próprias concepções humanas. Quando mais amplo for o alcance de sua visão espiritual, mais poderosa será a sua divindade. Mas onde podemos encontrar uma melhor demonstração d'Ele do que no próprio homem; nos poderes espirituais e divinos que jazem adormecidos em todo ser humano? "A própria capacidade de imaginar a possibilidade de poderes taumatúrgicos é uma evidência de que eles existem", diz o Dr. A. Wilder. "O crítico, assim como o cético, geralmente é inferior à pessoa ou assunto que está sob sua consideração, e, por conseguinte, dificilmente será uma testemunha competente. Se há falsificações, algo deve ter sido um original genuíno."

O sangue gera fantasmas, e suas emanações fornecem a certos espíritos os materiais necessários para moldar suas aparições temporárias. "O sangue", diz Lévi (Éliphas Levi), "é a primeira encarnação do fluido universal; é a luz vital materializada. Seu nascimento é a mais maravilhosa de todas as maravilhas da natureza; ele vive apenas se transforma perpetuamente, pois é o Proteu universal. O sangue provém de princípios em que nada havia dele antes, e torna-se carne, osso, unhas (...) lágrimas, e respiração: Não pode se aliar nem à corrupção, nem à morte; quando a vida de vai, ele começa a se decompor; se souberes como reanima-lo, infundir vida nele por uma nova magnetização de seus glóbulos, a vida retornará. A substância universal, com o seu duplo movimento, é o grande arcano do ser; o sangue é o grande arcano da vida".

"O sangue", diz o hindu Ramatsariar, "contém todos os misteriosos segredos da existência, pois nenhum ser vivo pode existir sem ele. É profanar a grande obra do Criador o ato de comer sangue."

Por sua vez, Moisés, seguindo a lei universal e tradicional, proíbe comer o sangue.

Paracelso escreve que com os vapores do sangue é possível evocar qualquer espírito que desejamos ver; pois com suas emanações ele construirá uma figura, um corpo visível - apenas isso é feitiçaria. Os hierofantes de Baal faziam profundas incisões em seus corpos, gerando aparições abjetivas e tangíveis com seu próprio sangue. Os seguidores de uma certa seita na Pérsia, muitos dos quais podem ser encontrados nas colônias russas de Temir-Khân-Shura, e Derben, têm seus mistérios religiosos como o qual formam um largo círculo, e rodopiam à volta com uma dança frenética. Seus templos estão arruinados, e eles fazem o seu culto em grandes edificações provisórias, seguramente guardadas, e com o andar térreo profundamente fechado por areia. Todos vestem longos mantos, e suas cabeças descobertas e cuidadosamente raspadas. Armados de facas, eles logo atingem um estado de furiosa exaltação, e ferem a si mesmos e aos outros até que suas vestes

e a areia do chão estejam coalhadas de sangue. Antes do término do "mistérios", todo homem terá uma companhia, que rodopiará com ele. Às vezes, os dançarinos espectrais terão cabelos em suas cabeças, que os deixarão muito diferentes dos seus inconscientes criadores. Como prometemos solenemente jamais divulgar os principais detalhes dessa terrível cerimônia (que tivemos a permissão de presenciar por uma única vez), não insistiremos mais neste ponto.

 

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